\n \n Após\n prestar depoimento na 26ª DP (Todos os Santos), no Subúrbio do Rio, Jéssica\n Elísio Vasconcellos, de 22 anos, atingida por uma bala perdida na cabeça, na\n região do Grande Méier, perto do Lins de Vasconcellos, na noite do réveillon,\n disse que a sorte a salvou. “Sinto que nasci de novo, vou comemorar dois\n aniversários agora. Tenho que agradecer muito a Deus, depois que vi os outros\n casos na televisão", afirmou ela, se referindo aos outros episódios de\n mulher atingida por bala perdida no Rio.\n \n Jéssica\n foi atingida quando andava em uma rua do Engenho de Dentro, na noite de\n segunda-feira (31). A principal linha de investigação da polícia é que alguém\n disparou a esmo ao comemorar a virada do ano.\n \n A\n jovem passou por uma cirurgia no Hospital Salgado Filho, no Méier. De acordo\n com a Secretaria Municipal de Saúde, o tiro não perfurou o crânio, e ela teve\n alta do hospital.\n \n Quarta vítima em 15 dias
\n Como informou o RJTV, esta foi a quarta vítima de bala perdida na região do\n Grande Méier. Na mesma noite de réveillon, a mesma viatura da Polícia Militar\n que atendeu Jéssica também atendeu Ana Cristina, de 30 anos, em Piedade. Grávida\n de seis meses, ela levou um tiro no ombro e passa bem.\n \n Jéssica\n foi encaminhada, após depoimento, para um exame de corpo de delito. Ela contou\n que estava em casa quando decidiu ver os fogos perto de sua casa e que foi\n atingida no caminho.\n \n “Na\n metade do caminho eu comecei a ouvir os fogos. Quando passei em frente à casa\n de uma moça, eu ouvi um barulho de um negócio batendo, parecia um ferro em\n algum lugar, aí começou a arder na cabeça, coloquei a mão e o sangue começou a\n descer”, descreveu Jessica.
\n Jéssica contou ainda que só descobriu que se tratava de uma bala quando chegou\n ao Hospital Salgado Filho , no Méier.\n \n Arma de baixo calibre
\n De acordo com o delegado da 26° DP (Méier), Carlos Augusto Neto Leba, não há\n registros de assaltos ou qualquer evento que justifique a bala que atingiu\n Jéssica no dia 31, com exceção da própria festa do réveillon.\n \n “O\n evento especial é o réveillon. Você tem associado uma série de acontecimentos,\n bomba aqui, fogo de artifício, inabilidade de quem solta essas bombas e a ideia\n de disparos a esmo. Não abandono essa possibilidade não”, declarou o delegado.\n \n Conforme\n informou o delegado, o resultado do exame de balística é fundamental para\n determinar a origem do projétil que atingiu Jéssica. O delegado não descarta\n também a possibilidade de ter sido uma arma de baixo calibre, como uma 38 ou uma\n pistola calibre 45.\n \n “Se\n essa arma de baixa intensidade vier de longe, o efeito está justificado, porque\n é leve. Uma 38 e até uma pistola 45, que o projétil é muito pesado, se você\n atingir muito longe em uma linha reta, ele vai se exaurindo em termo de velocidade”,\n explicou.\n \n Outras vítimas
\n Há seis dias, outra jovem foi\n atingida ali perto. Aline Cristina Faria Ramos, de 25 anos estava\n num táxi dirigido por um amigo, no Lins de Vasconcelos. Era madrugada quando\n policiais militares pararam o táxi para uma revista. Segundo testemunhas, foi\n neste momento que bandidos armados saíram em dois carros e atiraram contra os\n PMs. Uma das balas atingiu Aline, que chegou a ser levada para o Hospital\n Marcilio Dias, mas morreu.\n \n Uma\n semana antes, outra mulher\n foi vítima de uma bala perdida na região do Lins de Vasconcelos.\n Flávia da Costa Silva, de 26 anos, estava indo para o trabalho de ônibus quando\n foi baleada na cabeça, durante um tiroteio entre traficantes. Ela morreu depois\n de ficar três dias internada.\n \n Nesta terça-feira (1º), a Polícia Militar informou\n que não fez operação na região do Lins na noite de ano novo.\n \n \n \n \n