Brasil
03/09/2014 09:00:00
Futuro dos portos no Brasil envolve tratamento de resíduos e geração de energia
A previsão é do coordenador do Instituto, professor Marcos Freitas, que anunciou hoje (3) o início dos projetos básicos com essa finalidade.
Agência Brasil/AB
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O Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), \n vinculado ao Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa \n de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, prevê \n que a maioria dos portos administrados pelo governo federal nbsp;estará \n dentro da linha nos próximos três anos no que se refere ao tratamento \n de resíduos e efluentes. nbsp;A previsão é do coordenador do Instituto, \n professor Marcos Freitas, que anunciou hoje (3) o início dos projetos básicos com essa finalidade. Adiantou, ainda que,\n antes desse prazo, alguns portos deverão gerar sua própria energia. Por\n meio do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe, o Ivig \n desenvolve para a Secretaria de Portos da Presidência da República onbsp; \n Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes, envolvendo 22\n dos 33 portos sob administração federal em todo país. A primeira\n fase do programa foi encerrada no fim do ano passado, com o lançamento \n de um guia nacional, que identificou problemas de natureza qualitativa \n nos portos.nbsp; O investimento alcançou R$ 16 milhões no âmbito do Programa\n de Aceleração do Crescimento (PAC), dos quais R$ 9 milhões foramnbsp; \n destinados à contratação das 17 universidades que participamnbsp; do \n projeto. Em andamento, a segunda fase, também com custo avaliado \n em R$ 16 milhões, tem conclusão prevista para o fim do primeiro semestre\n de 2015. Agora, estamos definindo soluções quantitativas, que são os \n projetos básicos, disse Freitas. Acrescentou que a implementação das \n soluçõesnbsp; deverá ser feita pelo mercado. Um dos resultados do \n programa são 22 manuaisnbsp; de boas práticas portuárias, com diagnóstico e \n orientações para cada porto. Levantamento feito pelos pesquisadoresnbsp; \n identificou que os 22 portos participantes do programa geraram em 2013 \n cerca de 5,3 mil toneladas de material reciclável convencional, como \n madeira, papel e resíduos ferrosos. Conforme os dados, se esse volume \n tivesse sido comercializado teria gerado para os portos cerca de R$ 2 \n milhões. Marcos Freitas salientou que, mais importante que os \n recursos gerados, é a redução do custo com os resíduos, o que pode \n ocorrer com a reciclagem. Hoje, os portos pagam, em média,nbsp; R$ 300 por \n toneladanbsp; para retirada desses resíduos, ressaltou. Esse valor é mais \n alto que o do lixo urbano, estimado em R$ 50 a tonelada. Segundo o \n especialista,nbsp; uma melhor solução pode dar aos portos condições de \n reduzir custos com a retirada dos resíduos e, ao mesmo tempo, ganhar dinheiro com o reaproveitamento desse material. Conforme\n o técnico, o exemplo é o Porto de Paranaguá, que registra muita entrada\n e saída de grãos, pode aproveitar nbsp;os resíduos de soja para gerar \n biodiesel para o próprio porto, eventualmente o substrato vegetal para \n recompor o solo, além de produzir capas de grama verde e até alguma \n coisa com biogás, indicou Freitas. Destacou que hoje nbsp;o mais \n importante é buscar soluções para a integração porto/cidade. Comnbsp; base \n em exemplos bem sucedidos na Europa e nos Estados Unidos,nbsp; Freitas \n adiantou que deve ser dada imediata atenção à qualidade da água no \n entorno dos portos, fruto da melhoria do tratamento do esgotamento \n sanitário da cidade e das águas usadas pela estrutura portuária, além da\n redução da circulação de resíduos para fora das unidades ou para \n regiões muito distantes. O Instituto e a rede de universidades \n também alertaram para o perigo de pandemia, vinculada ànbsp; fauna \n sinantrópica nociva, como ratos, baratas, mosquitos da dengue e pombos, \n entre outros. Reduzindonbsp;nbsp; os resíduos e efluentes, essa fauna também é \n reduzida. Com isso, melhoramos a saúde da população, da cidade e do \n país, observou Marcos Freitas. Assinalou que anbsp;Coppe \n trabalha nbsp;para, em 18 meses, nbsp;dotar o Brasil de um ou doisnbsp; pilotos de \n portos como geradores de sua própria energia. Além de Paranaguá, estão \n sob análise os portos de Santos, Rio de Janeiro e Fortaleza. Concluiu \n afirmando que,nbsp;dependendo de entendimentos comnbsp; a \n Secretaria de Portos, as 11 unidades restantes também poderão ser \n incluiídas no programa de gerenciamento.
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