Brasil
04/04/2014 06:58:12
SIP abre encontro sobre abusos contra mídia na América Latina
Restrições à liberdade de imprensa na Venezuela, na Argentina e Equador devem ser destaque nos debates em Barbados
Estadão/PCS
Imprimir
No Brasil, violência crescente contra a mídia e juízes impondo multas\n e obrigando blogueiros e jornais a retirar material publicado. Na \n Argentina, a publicidade oficial sumindo dos jornais da oposição. No \n Equador, punições descabidas a matérias que denunciam erros do governo. \n
Na Venezuela, a proibição de importação de papel para os jornais \n impressos. É com esse pano de fundo que a Sociedade Interamericana de \n Imprensa (SIP), que representa cerca de 1.300 publicações no continente,\n abre hoje sua Reunião de Meio de Ano em Bridgetown, capital de \n Barbados, no Caribe.\n Será um momento especial para que todos possamos refletir sobre os \n abusos, a violência e as restrições à liberdade de imprensa e à \n democracia no continente, resumiu Ricardo Pedreira, diretor executivo \n da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Vamos ver, com mais detalhes, o\n que acontece em países como Equador, Venezuela, Argentina, comentou.\n Os organizadores esperam, no elegante hotel Hilton Barbados, em \n Bridgetown, cerca de 200 jornalistas, editores e convidados, da América \n Latina, EUA e Europa para os quatro dias de debates. O encontro termina \n na segunda-feira com a eleição de um novo presidente da SIP, que \n sucederá a atual titular, a jornalista americana Elizabeth Ballantine.\n Temas novosSe críticas a governos autoritários da \n América Latina são comuns nessas reuniões semestrais, em Barbados a \n agenda abre espaço para temas menos comuns. Por exemplo, uma análise \n sobre as restrições enfrentadas por jornalistas nos Estados Unidos, ou \n para a investida do governo britânico contra o jornal The Guardian, que \n resultou na aprovação de uma espécie de autorregulação, a Royal Chart \n (Carta Real). Especialistas vão discutir, também, a questão da \n concentração dos grupos de comunicação nas mãos de poucas empresas ou,\n em outros casos, do Estado.\n Neste primeiro dia, porém, o tom dos encontros é eminentemente \n técnico e voltado para as novas mídias. Um seminário, de manhã, estudará\n a experiência do grupo espanhol Prisa (controlador do El País, entre \n outros), que se vale de vídeos profissionais e de leitores, no jornal \n Ás, para ampliar seu público na internet. Outros painéis discutirão as \n tendências na publicidade digital e o futuro dos dispositivos móveis.\n Como eixo dos painéis e debates, a partir de amanhã, mais de 20 \n representantes de associações nacionais apresentarão relatórios sobre a \n situação da mídia em seus países. O do Brasil deverá ser lido amanhã, \n por Carlos Muller, em nome da ANJ. Delegados da Venezuela e da Argentina\n deverão apresentar os depoimentos mais contundentes. Na Venezuela, o \n governo tenta calar os jornais proibindo a importação de papel, mas um \n grupo colombiano, o Andarios, ofereceu a matéria-prima aos colegas do \n país vizinho e a dúvida é se o governo Nicolás Maduro tentará impedir a\n chegada do material aos seus portos.\n Na Argentina, mais de 200 violações de direitos em 2013, contra 239 \n pessoas e 31 empresas, representaram um aumento de 13% sobre o ano \n anterior. Este é o segundo ano seguido em que batemos os recordes \n negativos, avaliou Fábio Ladetto, no Informe de Liberdade de Expressão \n 2013.
Na Venezuela, a proibição de importação de papel para os jornais \n impressos. É com esse pano de fundo que a Sociedade Interamericana de \n Imprensa (SIP), que representa cerca de 1.300 publicações no continente,\n abre hoje sua Reunião de Meio de Ano em Bridgetown, capital de \n Barbados, no Caribe.\n Será um momento especial para que todos possamos refletir sobre os \n abusos, a violência e as restrições à liberdade de imprensa e à \n democracia no continente, resumiu Ricardo Pedreira, diretor executivo \n da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Vamos ver, com mais detalhes, o\n que acontece em países como Equador, Venezuela, Argentina, comentou.\n Os organizadores esperam, no elegante hotel Hilton Barbados, em \n Bridgetown, cerca de 200 jornalistas, editores e convidados, da América \n Latina, EUA e Europa para os quatro dias de debates. O encontro termina \n na segunda-feira com a eleição de um novo presidente da SIP, que \n sucederá a atual titular, a jornalista americana Elizabeth Ballantine.\n Temas novosSe críticas a governos autoritários da \n América Latina são comuns nessas reuniões semestrais, em Barbados a \n agenda abre espaço para temas menos comuns. Por exemplo, uma análise \n sobre as restrições enfrentadas por jornalistas nos Estados Unidos, ou \n para a investida do governo britânico contra o jornal The Guardian, que \n resultou na aprovação de uma espécie de autorregulação, a Royal Chart \n (Carta Real). Especialistas vão discutir, também, a questão da \n concentração dos grupos de comunicação nas mãos de poucas empresas ou,\n em outros casos, do Estado.\n Neste primeiro dia, porém, o tom dos encontros é eminentemente \n técnico e voltado para as novas mídias. Um seminário, de manhã, estudará\n a experiência do grupo espanhol Prisa (controlador do El País, entre \n outros), que se vale de vídeos profissionais e de leitores, no jornal \n Ás, para ampliar seu público na internet. Outros painéis discutirão as \n tendências na publicidade digital e o futuro dos dispositivos móveis.\n Como eixo dos painéis e debates, a partir de amanhã, mais de 20 \n representantes de associações nacionais apresentarão relatórios sobre a \n situação da mídia em seus países. O do Brasil deverá ser lido amanhã, \n por Carlos Muller, em nome da ANJ. Delegados da Venezuela e da Argentina\n deverão apresentar os depoimentos mais contundentes. Na Venezuela, o \n governo tenta calar os jornais proibindo a importação de papel, mas um \n grupo colombiano, o Andarios, ofereceu a matéria-prima aos colegas do \n país vizinho e a dúvida é se o governo Nicolás Maduro tentará impedir a\n chegada do material aos seus portos.\n Na Argentina, mais de 200 violações de direitos em 2013, contra 239 \n pessoas e 31 empresas, representaram um aumento de 13% sobre o ano \n anterior. Este é o segundo ano seguido em que batemos os recordes \n negativos, avaliou Fábio Ladetto, no Informe de Liberdade de Expressão \n 2013.
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias