Terça-Feira, 17 de Junho de 2025
Cidades
10/12/2013 09:00:00
Cliente compra 20 panetones "estragados" e até cão passa mal
O plano de uma empresária de Campo Grande de dar um panetone de lembrança de natal aos funcionários rendeu indignação e dor de cabeça.

CGNews/PCS

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Panetones foram comprados para dar de lembrança a funcionários de empresa da Capital (Foto: Cleber Gellio)
O plano de uma empresária de Campo Grande de dar um panetone de lembrança de\n natal aos funcionários rendeu indignação e dor de cabeça. Na semana passada,\n ela comprou, no Hipermercado Extra, 20 bolos da marca Bauducco, levou um para\n casa, abriu e se deparou com manchas verdes e amareladas. Por curiosidade\n desembalou mais oito, todos estragados. Preocupada, ela avisou os responsáveis,\n que a ignoraram e o caso parou na vigilância sanitária.\n \n Segundo a empresária, que não quis se identificar por temer prejuízos ao seu\n comércio, a aquisição dos panetones, do lote 256IB-20h19, com data de validade\n para 31 de março de 2014, ocorreu na quarta-feira passada (4).\n \n “Levei um para casa, minha mãe abriu, viu o problema e largou o produto em\n cima da mesa. O meu irmão mais novo acabou comendo um pedaço e, ao perceber o\n gosto, cuspiu no chão e o meu cachorro da raça chiuauá, de seis meses e que\n paguei bem caro, comeu. No final das contas, os dois passaram mal e meu cachorro\n quase morreu”, relatou a empresária.\n \n O perigo a preocupou e a primeira ideia foi acionar a Bauducco. “Liguei e\n eles prometeram vir até a minha casa na sexta-feira (6) para analisar os\n produtos e entregar outros”, contou. Até o sábado (7), ninguém apareceu e ela\n retornou.\n \n Em reposta, a empresa explicou não ter representante em Campo Grande e a\n mandou enviar pelo correio um panetone estragado. “Eles informaram que em 10\n dias seria feita a análise do produto e, em caso de confirmar o problema,\n enviariam outros panetones, mas até lá o natal já teria passado”, comentou a\n empresária.\n \n No mesmo dia, ela resolveu voltar ao Extra para ver se o lote continuava lá.\n “Eram pilhas e pilhas expostas, então, chamei o gerente e o desafiei a abrir um\n panetone, se não tivesse estragado, eu pagaria”, relatou. Ao desembalar, o\n gerente confirmou o problema e prometeu “tomar providências”.\n \n Hoje, três dias depois, a empresária voltou ao hipermercado e panetones do\n mesmo lote continuavam à venda. “É uma vergonha, um descaso com o consumidor”,\n desabafou a cliente. Revoltada, ela decidiu denunciar o caso à vigilância\n sanitária.\n \n O outro lado\n \n Procurado pela reportagem, o Extra informou “pautar suas ações no respeito\n às leis vigentes e possuir rigorosos procedimentos para auditar a qualidade e\n validade dos produtos comercializados em suas lojas” A rede garantiu ainda “que\n tão logo soube do ocorrido, realizou apuração interna para analisar o fato”.\n \n Ao contrário do que a cliente afirmou, o Extra disse que “como medida\n preventiva, retirou todos os produtos apontados da gôndola e acionou o\n fornecedor para análise dos produtos”. “A empresa está em contato com a cliente\n e permanece à disposição”, encerrou a Rede, por meio de nota da assessoria de\n imprensa.\n \n Procon\n \n Há 13 dias do natal, o Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do\n Consumidor) ainda não recebeu nenhuma denúncia de panetone estragado, conforme\n o superintendente do órgão, Alexandre Rezende.\n \n Segundo ele, em caso de o problema da empresária se repetir com outra\n pessoa, o caminho é procurar o fornecedor direto do produto. “Ela cortou o\n caminho, o mais prático seria procurar o Extra, porque ela não comprou da\n Bauducco, quem pegou o dinheiro dela foi o hipermercado e ele tem obrigação de\n ressarcir”, disse.\n \n Para finalizar, Rezende alertou sobre a importância de denunciar esse tipo\n de problema ao Procon. “Para evitar lesão coletiva, nosso papel é ir até o\n estabelecimento e apreender o lote”, concluiu.\n \n \n
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