Cidades
05/05/2014 09:00:00
Mortes por gripe assustam moradores e espantam turistas em Corumbá
As três mortes por gripe A, causada pelo vírus influenza H1N1, ocorridas este ano em Corumbá, são responsáveis por um clima de medo e insegurança na cidade. Trabalhadores do setor do turismo também afirmam que a situação tem diminuído a quantidade de visitantes na cidade em 2014.
CG News/AB
Imprimir
As três mortes por gripe A, causada pelo \n vírus influenza H1N1, ocorridas este ano em Corumbá, são responsáveis por um clima de medo e insegurança na \n cidade. Trabalhadores do setor do turismo também afirmam que a situação \n tem diminuído a quantidade de visitantes na cidade em 2014.
A primeira morte causada pela doença foi de uma mulher no dia 30 de \n janeiro. Nove dias depois, a mãe dela, de 61 anos, também morreu em \n decorrência da doença, no dia 8 de fevereiro. A terceira morte ocorreu \n no dia 24 de fevereiro, a vítima também era uma mulherMesmo com a\n situação controlada, segundo avaliação da prefeitura de Corumbá, a \n doença ainda é motivo da falta de sono de muitos moradores.Rose \n Silva tem 49 anos e há décadas vive da venda de água de coco e bebidas \n em um trailer, situado no Porto Geral da cidade. Ela conta que há \n revolta por parte dos moradores em razão da vacina contra a gripe ser \n disponibilizada para crianças, gestantes e idosos.A gente sabe que é para o grupo de \n risco, mas acho que deviam investir e disponibilizar para a gente \n também. Afinal, já foram três mortes aqui e todos estão com medo, \n explica a comerciante que recorreu ao álcool em gel para evitar o \n contato com o vírus.No início do mês de março, depois da divulgação das mortes pela SES (Secretaria de Estado e Saúde),\n os corumbaenses lotaram farmácias e clínicas particulares para se \n imunizar contra a doença. O valor da dose que era em torno de R$ 60 \n saltou para R$ 100 em razão da procura.Para quem tem contato com \n muita gente todos os dias, a preocupação é dobrada. O mototaxista \n Bartolomeu Ezequiel, 28, conta que não há como se previnir, já que o \n contato com os passageiros é frequente.A gente tem bastante \n medo, mas não tem o que fazer. Precisamos trabalhar e qualquer resfriado\n já deixa a gente bastante assustado, diz.O marinheiro Abel \n Silva, 45, diz que apesar de passar vários dias da semana em barcos \n guiando turistas, a preocupação existe. Eu fico a maior parte do mês em\n viagens no barco, mas tenho medo dessa gripe e ninguém orientou a gente\n para tomar vacina até hoje.De acordo com o chefe de Imunização da Prefeitura de Corumbá, Vandrei\n Campos, foram disponibilizadas para a cidade 24,3 mil doses da vacina \n contra o vírus influenza. A vacinação que segue os parâmetros nacionais \n imuniza crianças, grávidas e idosos.Em todo o Estado, a \n campanha vai até o próximo dia 9 de maio e o balanço parcial de \n imunizados na cidade está sendo feito pela Secretária de Saúde.Turismo \n O movimento de turistas na cidade branca, conforme relato de \n profissionais ligados ao setor, caiu nos últimos meses. Rose conta que \n houve uma preocupação das autoridades da cidade em não divulgar a causa \n das mortes antes do Carnaval, mas que agora o movimento na cidade está \n fraco.Eu sempre digo que nossa vida vale mais que qualquer \n festa. Nos últimos meses, a cidade está bastante parada, não vemos \n turistas como antes, principalmente os estrangeiros, conta a mulher que\n se refere ao movimento do Festival América do Sul, realizado no último \n fim de semana na cidade.
A primeira morte causada pela doença foi de uma mulher no dia 30 de \n janeiro. Nove dias depois, a mãe dela, de 61 anos, também morreu em \n decorrência da doença, no dia 8 de fevereiro. A terceira morte ocorreu \n no dia 24 de fevereiro, a vítima também era uma mulherMesmo com a\n situação controlada, segundo avaliação da prefeitura de Corumbá, a \n doença ainda é motivo da falta de sono de muitos moradores.Rose \n Silva tem 49 anos e há décadas vive da venda de água de coco e bebidas \n em um trailer, situado no Porto Geral da cidade. Ela conta que há \n revolta por parte dos moradores em razão da vacina contra a gripe ser \n disponibilizada para crianças, gestantes e idosos.A gente sabe que é para o grupo de \n risco, mas acho que deviam investir e disponibilizar para a gente \n também. Afinal, já foram três mortes aqui e todos estão com medo, \n explica a comerciante que recorreu ao álcool em gel para evitar o \n contato com o vírus.No início do mês de março, depois da divulgação das mortes pela SES (Secretaria de Estado e Saúde),\n os corumbaenses lotaram farmácias e clínicas particulares para se \n imunizar contra a doença. O valor da dose que era em torno de R$ 60 \n saltou para R$ 100 em razão da procura.Para quem tem contato com \n muita gente todos os dias, a preocupação é dobrada. O mototaxista \n Bartolomeu Ezequiel, 28, conta que não há como se previnir, já que o \n contato com os passageiros é frequente.A gente tem bastante \n medo, mas não tem o que fazer. Precisamos trabalhar e qualquer resfriado\n já deixa a gente bastante assustado, diz.O marinheiro Abel \n Silva, 45, diz que apesar de passar vários dias da semana em barcos \n guiando turistas, a preocupação existe. Eu fico a maior parte do mês em\n viagens no barco, mas tenho medo dessa gripe e ninguém orientou a gente\n para tomar vacina até hoje.De acordo com o chefe de Imunização da Prefeitura de Corumbá, Vandrei\n Campos, foram disponibilizadas para a cidade 24,3 mil doses da vacina \n contra o vírus influenza. A vacinação que segue os parâmetros nacionais \n imuniza crianças, grávidas e idosos.Em todo o Estado, a \n campanha vai até o próximo dia 9 de maio e o balanço parcial de \n imunizados na cidade está sendo feito pela Secretária de Saúde.Turismo \n O movimento de turistas na cidade branca, conforme relato de \n profissionais ligados ao setor, caiu nos últimos meses. Rose conta que \n houve uma preocupação das autoridades da cidade em não divulgar a causa \n das mortes antes do Carnaval, mas que agora o movimento na cidade está \n fraco.Eu sempre digo que nossa vida vale mais que qualquer \n festa. Nos últimos meses, a cidade está bastante parada, não vemos \n turistas como antes, principalmente os estrangeiros, conta a mulher que\n se refere ao movimento do Festival América do Sul, realizado no último \n fim de semana na cidade.
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias