Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024
Ciência e Saúde
02/07/2020 11:45:00
Mortes misteriosas por síndrome respiratória são o triplo das por covid-19 em MS

CGNews/LD

Imprimir

Até 22 de junho, 250 pessoas morreram com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) sem origem especificada em Mato Grosso do Sul, este ano. Àquela altura, o número de óbitos pela mesma causa provocados pelo novo coronavírus era três vezes inferior, 75.

Os dados foram divulgados pelo ministério da Saúde, ontem (1º), e apontam que o Estado tem mais mortes causadas por SRAG não especificadas que dez estados brasileiros, como Amapá, Rio Grande do Nortes, Espírito Santo e o vizinho Mato Grosso.

Os números do ministério dão conta também de que 1.946 pessoas foram hospitalizadas com SRAG não especificada até 29 de junho. Outra vez, o total é o triplo das internações por covid-19 no mesmo período (611) e superior aos registros de 14 estados, como Alagoas, Tocantins, Distrito Federal e Mato Grosso.

O ministério da Saúde define como SRAG pacientes com sintomas de dispneia ou desconforto respiratório, pressão persistente no tórax, saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente, ou coloração azulada dos lábios ou rosto.

O quadro é uma das definições para casos suspeitos de novo coronavírus, juntamente com estado de síndrome gripal, caracterizado por sensação febril ou febre, acompanhada ou não de tosse, dor de garganta, coriza ou dificuldade respiratória.

Os números de casos misteriosos de SRAG podem indicar subnotificação de novo coronavírus, ou seja, falhas nas estratégias de testagem e rastreio de contatos.

Nos dados oficiais de contaminados pela doença, Mato Grosso do Sul seguia como estado com menos ocorrências (7.307) e mortes (68) no Brasil até 27 de junho, conforme o ministério da Saúde.

O mesmo boletim epidemiológico da pasta mostra que Mato Grosso do Sul fez, entre 1º de fevereiro e 30 de junho, 40.079 exames do tipo RT-PCR. O número equivale e 1442 testes a cada 100 mil habitantes.

A taxa de testagem em Mato Grosso do Sul é pelo menos duas vezes maior que a brasileira, de 664 a cada 100 mil pessoas.

COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias