Terça-Feira, 23 de Abril de 2024
Coxim
03/07/2015 10:50:00
Durante operação “Otecca”, IBAMA e PRF flagram fraude em Arla 32

PC de Souza

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Foto: PC de Souza

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, iniciaram nesta sexta-feira (3) uma fiscalização conjunta sobre o uso do Arla 32 nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul denominada Operação Temática de Combate ao Crime Ambiental (Otecca). O sistema, usado para diminuir a poluição ao meio ambiente, tem sido adulterado para eliminar custos do transporte.

No inicio das fiscalizações duas carretas foram flagradas cometendo fraudes no uso do Arla. A primeira irregularidade foi constatada num bitrem Scânia, com placas do Paraná, onde o motorista, que teve sua identidade preservada, desconectou o fusível que comanda o sistema. Diante do flagrante o motorista foi autuado em R$ 5 mil e terá que regularizar o componente para ser liberado.

Foto: Drone Edição de Notícias

Outra forma de fraude foi constatada minutos depois, quando uma Scânia também com placas do Paraná, teve o tanque de armazenamento do Arla testado. Conforme o inspetor Paulo Henrique Demarchi, que realizou o teste, o mínimo permitido para a composição mínima do produto seria de 32%, sendo que no teste foi apurado 9,9%.

Multado pelo IBAMA em R$ 5 mil, o motorista confirmou à nossa reportagem que foi ele mesmo que adulterou o produto com água. O veiculo permanecerá na Delegacia da PRF, até a substituição do produto pelo original.

As fiscalizações serão realizadas em todo o estado do Mato Grosso do Sul, por período indeterminado, além do Arla, outras crimes ambientais serão fiscalizados na BR-163 em Coxim, envolvendo o transporte de madeiras e minérios.

Você sabe o que é o Arla e como ele funciona?

Arla é um composto químico líquido a base e ureia que é injetado no sistema de escapamento dos veículos fabricados a partir de 1º de janeiro de 2012. O Arla transforma os óxidos de nitrogênio em nitrogênio e água, reduzindo consideravelmente a emissão de poluentes. Seu uso é uma das tecnologias encontradas pela indústria para atender aos limites de poluentes previstos na fase P7 do Programa de Controle de Poluição do ar por Veículos Automotores (Proconve).

Composição mínima do produto seria de 32%, sendo que no teste foi apurado 9,9%. (Foto: PC de Souza)
Fusível desconectado, causando poluição no meio ambiente (Foto: PC de Souza)
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