Quinta-Feira, 2 de Maio de 2024
Cultura
06/08/2023 08:00:00
Hoje é Dia: 200 anos de Gonçalves Dias, o poeta indianista
Confira as datas que marcam a semana de 6 a 12 de agosto

ABr/PCS

Imprimir
Foto: Biblioufrj

O Hoje é Dia abre a semana de 6 a 12 de agosto, destacando o Dia Mundial do Pedestre, comemorado em 8 de agosto.

A data, criada pelas Nações Unidas, chama atenção para os riscos à vida e à segurança dos pedestres. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 5.300 pedestres morrem atropelados por ano. A maioria dos pedestres que perderam a vida no trânsito possuem entre 40 e 79 anos.

As causas vão desde desrespeito às leis de trânsito, imprudência, até o incorreto desenho das vias e falta de sinalização adequada. Confira a reportagem completa no telejornal Repórter Brasil.

Dia Internacional dos Povos Indígenas

No dia 9 de agosto é celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A data foi escolhida pelas Nações Unidas em 1994 para expressar o reconhecimento internacional desses povos. A ONU afirma que os indígenas compõem cerca de 1/3 da população mais pobre do mundo e são expostos a uma série de problemas, como doenças, discriminação, baixa expectativa de vida e ameaças territoriais.

De acordo com o IBGE, atualmente o Brasil tem cerca de 1,6 milhão de pessoas indígenas que convivem diariamente com desafios, como pobreza, invasão de terras e transtornos psicológicos.

Povos indígenas de diversas etnias montam acampamento em Brasília para mobilização contra o Marco Temporal.

O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de 2021, também mostra que a taxa de mortalidade por suicídio em indígenas é quatro vezes superior à da população não indígena. 200 anos de Gonçalves Dias

Nascido em Caxias, no Maranhão, em 10 de agosto de 1823, Antônio Gonçalves Dias completaria 200 anos nesta quinta-feira.

Escritor, jornalista, advogado, professor, teatrólogo e poeta, Gonçalves Dias foi um expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como indianismo.

Entre suas obras famosas estão Canção do Exílio, o poema I-Juca Pirama e Ainda uma vez, Adeus que trata da história de amor mal resolvida entre o poeta e Ana Amélia.

*Enfim te vejo! — enfim posso,

Curvado a teus pés, dizer-te,

Que não cessei de querer-te,

Pesar de quanto sofri.

Muito penei! Cruas ânsias,

Dos teus olhos afastado,

Houveram-me acabrunhado

A não lembrar-me de ti!*

O escritor foi pesquisador das línguas indígenas e do folclore brasileiro. No poema I-Juca Pirama, Gonçalves Dias narra a captura de um guerreiro Tupi pelos Timbiras, quando o capturado faz um apelo de vida em seu canto de morte.

*Sou bravo, Sou forte, Sou filho do Norte,

Guerreiros, ouvi!

Meu canto de morte,

Guerreiros, ouvi:

Sou filho das selvas,

Nas selvas cresci;

Guerreiros, descendo

Da tribo tupi.*

Em 1864, aos 41 anos, Gonçalves Dias morreu no naufrágio do navio Ville de Boulogne, vindo da Europa com destino ao Brasil. Seu corpo nunca foi encontrado.

50 anos do Hip Hop

Foi em 11 de agosto de 1973 que o DJ jamaicano Kool Herc comandou uma festa emblemática no Bronx, em Nova York, que marcou o início dessa importante cultura, iniciada nos Estados Unidos. O movimento cultural une música, dança, ação social, e se espalhou pelo mundo. Aqui no Brasil, a cidade de São Paulo se tornou o maior polo de hip hop da América Latina.

Produtores e militantes do Hip Hop pedem que o movimento seja reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil. Um dossiê que mapeou o percurso do Hip Hop no Brasil, identificando formas de expressão e lugares que compõem o movimento nos vários estados brasileiros, foi entregue ao Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).

O movimento Hip Hop brasileiro, durante marcha da Cultura Hip Hop em celebração ao Cinquentenário mundial da Cultura Hip Hop.

O programa É Tudo Brasil da Rádio Nacional fez um episódio dedicado ao ritmo. 95 anos da primeira escola de samba do Brasil

Em 12 agosto se comemora a fundação da Deixa Falar, a primeira escola de samba do Brasil.

As bases das escolas de samba surgiram nos anos 1920 com os sambistas do Estácio, entre eles Ismael Silva, que organizaram a escola Deixa Falar e o primeiro concurso de sambas, em 1929, que contou com a participação da Mangueira. O vencedor foi o Conjunto Oswaldo Cruz.

O surgimento das escolas coincide com a luta dos negros por aceitação na sociedade urbana, ao mesmo tempo em que o Estado tentava disciplinar as manifestações culturais dos descendentes de pessoas escravizadas. As escolas de samba aparecem, nesse contexto, como uma solução negociada para o conflito. Alegorias da escola União da Ilha do Governador na Cidade do Samba, onde são montados os desfiles do carnaval.

Desde 2007, o samba – nas variações partido-alto, samba de terreiro e samba-enredo – é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Aqui, o radialista Hilton Abi-Rihan entrevista Ismael Silva para a Rádio Nacional, na década de 1970. Um dos mais importantes compositores da história da música popular brasileira, o sambista conta como ocorreu a criação da Deixa Falar, no bairro do Estácio, em 1928.

Notícias relacionadas

COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias