Centenas de caminhoneiros invadiram o Anel Viário, na saída para Três Lagoas, durante a tarde desta quarta-feira (23), protestando contra a política de preços da Petrobras e o aumento no valor do combustível. Pelo 3º dia consecutivo, a paralisação já gera reflexos negativos em todo o Estado.

A Petrobras anunciou a queda no valor do óleo diesel e da gasolina. A afirmativa foi feita durante esta manhã após a pressão dos protestantes e também com a cotação do dólar menor na véspera. A queda foi de 1,14% no diesel e 0,62% na gasolina. Com a segunda queda consecutiva nas refinarias, em dois dias, o litro do óleo diesel baixará de R$ 2,3351 para R$ 2,3083. Já a gasolina cai de R$ 2,0433 para R$ 2,0306.

Jacson Alba, empresário na área de transportes, afirma que este valor não é o suficiente e, por este motivo, a manifestação deve continuar. Ainda conforme Alba, essa diminuição não altera em nada para os caminhoneiros e o Governo Federal deve baixar os impostos para, aí sim, ter o impacto necessário nos valores.

O ideal, segundo o empresário, é que o reajuste deixasse o litro do combustível cerca de R$ 0,50 mais barato.

Somente na Capital, os caminhoneiros cruzaram os braços em cinco pontos diferentes. A previsão dos manifestantes é que o combustível acabe em todo Mato Grosso do Sul até a próxima quinta-feira (24).

“O Governo Estadual ainda não se pronunciou e cada motorista parado perde em torno de R$ 500 por dia, mas a paralisação é necessária para reverter essa situação”, confirma Alba.

O protesto, no Posto Caravaggio, não bloqueou a rodovia, porém os motoristas devem ficar atentos no trânsito lento do local.