Sexta-Feira, 8 de Agosto de 2025
Economia
27/07/2017 11:01:00
Crédito bancário recua 0,9% no 1º semestre, mas BC espera recuperação

G1/LD

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O volume total do crédito bancário registrou queda de 0,9% no primeiro semestre deste ano, informou o Banco Central nesta quinta-feira (27). No fim do ano passado, o estoque de empréstimos dos bancos estava em R$ 3,1 trilhões. Ao final de junho, caiu para R$ 3,07 trilhões.

"A trajetória do crédito vinha sendo de redução. Não só no ano de 2017, mas também nos anos anteriores. E essa redução está de acordo com o nível da atividade econômica", avaliou o chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha.

Ele observou que o setor bancário tem "reforçado os seus parâmetros prudenciais nas operações de crédito", ou seja, aumentando o controle na concessão de crédito por conta da inadimplência, o que também influenciou o resultado do crédito bancário no primeiro semestre.

"Mesmo com a redução do crédito, em decorrência da atividade econômica no ano passado e no começo deste ano, temos visto que a inadimplência, embora tenha crescido especialmente pessoa física no crédito livre [sem contar rural, BNDES e imobiliário], se manteve em níveis contidos e em junho houve importante redução nos indicadores de inadimplência", declarou.

Apesar da queda do crédito bancário no primeiro semestre, a autoridade monetária espera recuperação nos próximos meses. Para todo ano de 2017, a previsão do BC é de uma alta de 1% no volume do crédito ofertado pelas instituições financeiras neste ano, na comparação com 2016.

Fernando Rocha, do BC, informou que, em junho, já foi registrado crescimento do crédito bancário, que avançou 0,4% na comparação com o mês anterior.

"O segundo semestre vai ser melhor no mercado de crédito. Temos em junho, ainda que seja uma informação favorável nesse sentido. Ainda temos de aguardar se se confirma nos próximos meses. Em junho, tivemos uma recuperação significativa de pessoas jurídicas. Mas o saldo de pessoas jurídicas cresceu 0,3% e concessões 14,6%", declarou ele.

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