Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
Economia
31/08/2020 10:18:00
Desempenho da indústria em MS volta ficar positivo mesmo com a Covid-19

Midiamax/LD

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O Índice Geral de Desempenho Industrial (IGDI) de Mato Grosso do Sul, criado pelo Radar Industrial da Fiems, voltou a ficar positivo mesmo com a implantação de medidas de restrição à circulação e concentração de pessoas por conta da atual pandemia do novo coronavírus.

O Índice registrou 55,8 pontos em julho, indicando aumento de 8,1 ponto na comparação com o mês anterior. Ele é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial.

Nos três últimos meses, o IGDI acumula alta de 17,3 pontos, voltando ao patamar anterior ao início da pandemia, conforme detalha o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

Ele explica que na passagem de junho para julho todas as variáveis de avaliação apresentaram evolução positiva e mais empresas puderam retomar e ampliar a produção.

O economista detalha que somente em julho 43% das indústrias apresentaram aumento na produção, enquanto no mês anterior essa participação era de 27%.

“Já as empresas que mantiveram a produção estável, responderam por 44% do total, contra 45% no último levantamento. Essa melhora também se refletiu na participação das contratantes, passaram de 12,5% em junho para 21,3% em julho”, analisou.

Ele reforça que essa condição se repetiu em relação à utilização da capacidade instalada, que saiu de 64% para 73%. “Com os dados consolidados, constata-se que o IGDI voltou a ficar acima dos 50 pontos, indicando que, na média geral, o nível de atividade industrial percebido pela maior parte dos empresários foi satisfatório no mês de julho”, pontuou.

Composição do índice O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis - emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança – e todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o Índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses.

Já na produção é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, na utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI).

O IGDI Fiems contou com a avaliação, validação e auxílio técnico do professor-doutor Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ESAN/UFMS).

“O professor é matemático com atuação na utilização de métodos quantitativos em economia e tem comprovada experiência na elaboração e uso de indicadores sintéticos”, reforçou o economista.

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