\n \n Após o portal Midiamax\n mostrar a situação de campo-grandenses que enfrentam problemas com\n concessionárias, novos casos surgem e mostram que as dificuldades são comuns.\n Há exatamente umnbsp;ano, por exemplo, o servidor público Robson Martiniano\n Marques, de 24 anos, tenta reverter o pesadelo no qual se transformou o sonho\n do carro zero. \n \n Ele briga para\n conseguir um carro novo no lugar do que comprou e veio com defeitos, mas a\n concessionária afirma que os problemas foram causados por mau uso. Robson, que\n também é estagiário de direito, foi para a justiça em agosto de 2012 contra uma\n concessionária da Fiat em Campo Grande. \n \n Ele comprou um\n Novo Pálio zero quilômetro, mas nunca conseguiu desfrutar do automóvel.\n Defeitos de fábrica apareceram consecutivamente e o carro está parado no pátio\n da assistência técnica desde então. \n \n Enquanto o\n caso se arrasta na justiça, o estagiário anda com um carro alugado. “Esse é o\n meu primeiro carro e sonhei muito com ele. O juiz, no despacho da liminar,\n chegou a dizer que no meu caso o sonho do carro novo virou um ‘pesadelo’. Estou\n utilizando um carro alugado pela concessionária desde dezembro de 2012, com um\n custo diário para eles de R$ 76,00. Seria muito mais prático eles me darem um\n carro novo, já que o meu veio com vários defeitos, mas eles preferiram não”,\n relata. \n \n O pálio foi\n adquirido pelo estagiário em maio de 2012. No dia seguinte, ele já precisou ir\n à concessionária por conta de um problema nas rodas. Um parafuso havia sido\n encontrado dentro do pneu. \n \n Segundo o\n cliente, seguidamente apareceram outras dores de cabeça, com a embreagem, que\n ficava dura, inoperância do pára-brisa, ou barulhos que surgiam ao desligar o\n veículo. Sempre que apontou algum defeito para a Assistência Técnica, Robson\n era questionado e solicitado a comprovar os problemas à concessionária, o que\n lhe causava constrangimento. \n \n Indignado com\n a situação e recorrência de vezes que precisou levar a autorizada, o estagiário\n foi ao Procon, onde ouviu dos advogados da concessionária que nenhum carro\n reserva seria oferecido, e a empresa rejeitava qualquer acordo. \n \n “Antes da\n audiência no Procon, eles me ligaram da concessionária e disseram que, se eu\n desistisse, ou não fosse, me permitiriam o uso do carro reserva. Falaram que se\n eu fizesse isso iriam ficar com o meu carro mais tempo e procurar melhor os\n defeitos. Não aceitei”, conta o estagiário que entrou na Justiça após ver essa\n postura da empresa. \n \n Somente com a\n determinação de um juiz, Robson passou a ter direito de usar um carro reserva,\n alugado pela concessionária. O consumidor aguarda o resultado de sua ação\n contra a concessionária e a fabricante para ter o seu carro de volta, sem\n problemas de fábrica, e um ressarcimento pela desvalorização que o veículo teve\n durante o período de transtorno. \n \n Todos os\n meses, ele paga R$ 615,00 do financiamento do veículo, feito em 60 vezes. \n \n De acordo com\n a assessoria jurídica da concessionária Enzo, laudos da Assistência Técnica\n indicaramnbsp;má utilização do carro por parte de Robson. A empresa afirma\n que, juntamente com a Fiat, teria oferecidonbsp;outro veículo, com as mesmas\n características, mas o estagiário não teria aceitado. \n \n Segundo a\n empresa, o consumidor teria exigido para retirar a ação um Pálio com valor 20%\n superior ao que ele comprou. “A concessionária e o fabricante oferecem\n garantia, prevista por lei, mas é fundamental que o proprietário do veículo\n cumpra algumas determinações como, por exemplo, fazer as revisões. No caso\n desse consumidor houve a instalação de acessórios de uma maneira irregular no\n carro, e outras situações que indicaram mau uso", relata. \n \n "Infelizmente\n é comum as pessoas procurarem instalar som e alarme fora da autorizada, mas\n pode ser arriscado”, afirma o advogado da concessionária, Gabriel Serrano. \n \n A Assessoria\n Jurídica conta que o Palio, de placas NRS-2197, encontra-se no pátio da\n assistência técnica à espera do fim do processo. O pagamento do aluguel dos\n carros ocupados por Robson é feito pela Fiat, que já avisou: vai pedir\n onbsp;ressarcimento caso seja absolvida ao final da briga judicial. Entre\n dezembro de 2012 e agosto de 2013, o investimento desse serviço por conta da\n disputa judicial já ultrapassou R$ 20.000.\n \n \n