Sheila Forato
ImprimirO Hospital Regional Álvaro Fontoura de Coxim criou cargo de assessor especial da diretoria Executiva com salário de R$ 7,1 mil. A função é equivalente a de direção, conforme resolução publicada no diário oficial desta terça-feira (9).
Michael Aparecido Bittencourt de Souza já foi nomeado para o cargo. Assim como diretor Geral, Devanir Rodrigues Pereira Junior, ele é de Sonora. Juntos, Devanir e Michael trabalharam na direção do Hospital Municipal Rachid Saldanha Derzi, naquele município.
Embora exercesse cargo de confiança na gestão de Enelto Ramos da Silva (DEM), Devanir teria apoiado a candidata que disputou a prefeitura pelo MDB, contra o prefeito reeleito. Com isso, ele e Michael deixaram a direção do hospital de Sonora e estão sendo acomodados no hospital de Coxim.
Durante sessão na Câmara de Coxim, nesta manhã, o vereador Marcinho Souza (PSD) cobrou explicações da secretária de Saúde, Salette Aparecida Bell de Souza. Ele questionou o fato do HR de Coxim estar cortando gastos, com a suspensão de gratificações dos funcionários, ao mesmo tempo em que está nomeando pessoas com altos salários. O diretor Geral foi nomeado com salário de R$ 14 mil, aumento de quase 32% se comparado ao valor pago a quem ocupava o cargo até dezembro de 2020.
Já o vereador Abilio Vaneli (PT) questionou, ainda durante a sessão, a legalidade da criação do cargo, assim como o aumento de salário do diretor Geral, uma vez que a lei 173/2020 veta qualquer tipo de reajuste para servidores de todas as esferas públicas até dezembro de 2021. Essa lei foi usada no ano passado para não conceder reajuste salarial aos funcionários do Hospital Regional de Coxim.
Ele ressaltou ainda que não existe previsão legal para criação desse cargo, nem na lei que criou a FESP (Fundação Estatal de Saúde do Pantanal) e muito menos no estatuto. Na resolução publicada consta que a nomeação foi feita pelo diretor Geral em conjunto com demais diretores e Conselho Curador. Marcinho disse que recebeu a informação de que essa decisão foi tomada em 4 de janeiro e questionou: “Como isso aconteceu se a votação para eleger os membros do Conselho Curador foi em 21 de janeiro, ou seja, 17 dias depois?”.
Na primeira reportagem sobre o tema, na semana passada, o Edição MS fez alguns questionamentos ao município por meio da assessoria de imprensa, porém, a direção do Hospital Regional de Coxim não se manifestou até o momento. Caso isso aconteça, um dia, o posicionamento será incluído nas matérias.