Sexta-Feira, 1 de Agosto de 2025
Economia
27/03/2012 09:00:00
Inadimplência de pessoa física permanece alta
Apesar de apresentar média estável de 5,8% tanto em janeiro quanto em fevereiro, a inadimplência permanece em patamar alto e é, de acordo com o Banco Central (BC), um dos principais fatores responsáveis pela alta do spread bancário

Agência Brasil/PCS

Imprimir
\n \n Apesar\n de apresentar média estável de 5,8% tanto em janeiro quanto em fevereiro, a\n inadimplência permanece em patamar alto e é, de acordo com o Banco Central\n (BC), um dos principais fatores responsáveis pela alta do spread bancário, que\n é a diferença entre a taxa Selic e os juros cobrados pelos bancos no mercado.\n Números apresentados hoje (27) pelo BC mostram que a taxa de inadimplência para\n pessoas físicas (7,6%) é bem superior à registrada para pessoas jurídicas (\n 4,1%).\n \n “A\n estabilidade da inadimplência de fato veio crescendo gradualmente em 2011. Essa\n resistência ao declínio, apesar do crescimento da renda e do emprego, se\n reflete em spreads e, naturalmente, vai repercutir nas taxas de juros”, disse o\n chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel. De acordo com o Banco\n Central, o spread médio apresentou variação, em pontos percentuais, de 27,8 em\n janeiro para 28,4 em fevereiro. \n \n Para\n pessoas físicas, o patamar subiu de 45,1 pontos em janeiro para 45,4 pontos em\n fevereiro, enquanto para pessoa jurídicas caiu de 28,7 pontos percentuais para\n 28,6. Parte da inadimplência, segundo Maciel, deve-se a fatores sazonais\n referentes a fevereiro.\n \n “[Nesse\n mês] há maior concentração de pagamentos entre impostos e matrículas escolares,\n o que acaba se refletindo em algumas modalidades de crédito à pessoa física”,\n disse Maciel Ele acrescentou que o crédito rotativo também reflete a\n sazonalidade do início do ano. \n \n “O\n crédito rotativo cai bastante em dezembro, com o pagamento do décimo terceiro\n salário mas, no início do ano, há um retorno sazonal nessas modalidades, e isso\n está associado à maior concentração de gastos e à falta de planejamento”. \n \n Maciel\n explicou que, a partir de agora, a inadimplência tende a cair. “Após essa\n estabilidade, a perspectiva é que ocorra uma reversão a médio prazo, já que o\n emprego cresce de maneira robusta, com indicadores muito positivos em termos de\n ocupação e de rendimento real”, disse o economista. \n \n “Com\n isso, o segundo semestre deverá apresentar taxas de inadimplência mais baixas”.
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias