Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Economia
17/10/2017 18:19:00
JBS anuncia que vai paralisar o abate de bois em 7 unidades de MS

CGNews/PCS

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Funcionários da JBS na Assembleia Legislativa hoje. (Foto: Marcos Ermínio)

A partir de quarta-feira, dia 18, a JBS vai paralisar as atividades das sete unidades de Mato Grosso do Sul. A informação foi confirmada pela empresa, que justificou a ação pela "insegurança jurídica" depois do bloqueio de R$ 730 milhões determinado pela Justiça na semana passada, a pedido da CPI que investiga os negócios da empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, implicados em um escândalo nacional.

Os 15 mil funcionários dos frigoríficos no Estado vão receber seus "salários normalmente até que a Companhia tenha uma definição sobre o tema". A paralisação, conforme traz a nota, é por tempo indeterminado.

Em MS são sete unidades, em Campo Grande (duas), Dourados, Cassilândia, Ponta Porã, Nova Andradina e Naviraí.

A paralisação havia sido informada ao pecuarista Francisco Maia, presidente da Frente Nacional da Pecuária, que é ex-presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul.

Maia, assim como diversos produtores rurais, tem manifestado preocupação com os impactos no mercado com a situação da JBS. “E se a empresa fechar, o que vai acontecer”.

De acordo com ele, a JBS compra 60% do boi que é produzido em Mato Grosso do Sul e abate em torno de seis mil cabeças por dia. “Tem 60 mil produtores no Estado que têm negócios com os frigoríficos”.

Na manhã de hoje, pelo menos 2 mil trabalhadores da empresa foram à Assembleia Legislativa de MS para pedir apoio dos deputados. Eles se sentem inseguros e temem perder os empregos, além de não receber as remunerações em virtude da situação.

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da casa de leis que investiga os benefícios fiscais concedidos pelo governo estadual à empresas é quem conseguiu bloquear bens das empresas.

Agora, pressionados pelos trabalhadores, os deputados afirmaram que vão tentar acordo judicial com a JBS para que ela pague o que deve ao Estado - a título de descumprimento dos acordos de benefícios fiscais -, garanta o pagamento dos funcionários e seus empregos além de pagar os fornecedores. Em troca, poderá ter o recurso desbloqueado.

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