Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025
Economia
12/07/2012 09:00:00
Perfumes e maquiagens importados devem ficar 10% mais caros
Quem está acostumado a investir em marcas importadas na hora de cuidar da aparência pode começar a refazer as contas. Perfumes, cremes, maquiagens e demais produtos importados devem entrar o segundo semestre já reajustados para compensar a alta do dólar.

Terra/LD

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\n \n Quem\n está acostumado a investir em marcas importadas na hora de cuidar da aparência\n pode começar a refazer as contas. Perfumes, cremes, maquiagens e demais\n produtos importados devem entrar o segundo semestre já reajustados para\n compensar a alta do dólar.O presidente do conselho administrativo da\n Associação dos Distribuidores e Importadores de Perfumes, Cosméticos e\n Similares (Adipec), Jacob Nir, explica que, devido aos estoques, alguns\n distribuidores do setor ainda não repassaram o aumento, mas que isso acontecerá\n inevitavelmente até agosto. "Se alguém vai conseguir segurar, não sei, mas\n com certeza o reajuste chegará no consumidor final." Nir ainda não sabe\n prever qual o impacto disso para o mercado como um todo (incluindo nacionais e\n importados), mas não aposta em grande crescimento do setor em 2012.\n "Acredito que, se tivermos crescimento, será pouco representativo",\n afirma.\n \n Já\n para os 5% do mercado de beleza que diz respeito exclusivamente aos artigos\n importados, a gerente comercial das lojas Top Internacional, Lina Gonzalez, é\n mais pessimista. Para ela, as vendas devem cair por volta de 10% em\n consequência do aumento nos preços, que deve ficar na margem ou até acima dos\n 10%. Lina reclama ainda das barreiras impostas pelo governo federal para a\n entrada de importados. "As consequências do dólar mais valorizado e as\n crescentes taxações para o produto vindo de fora serão graves para o\n setor."\n \n Os\n outros 95% do mercado comemoram. Em franco crescimento nos últimos dois anos,\n segundo dados do instituto de pesquisa Euromonitor, o setor faturou no Brasil\n US$ 43 bilhões em 2011, 18,9% mais que no ano anterior e ocupa a terceira\n posição em vendas para o consumidor final. Segundo o analista da Associação\n Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel) Marcelo de\n Mattos, a previsão para este ano é de, mesmo com a questão cambial, alta no\n volume de negócios entre os 7,9% e os 10%.\n \n Além\n da pessoa que consome em casa, profissionais de salões de beleza também\n precisarão se adaptar aos novos custos. O diretor da Beauty Fair - um evento\n anual para profissionais de beleza -, César Tsukuda, explica que muitas das\n grandes marcas já investem em produzir dentro do Brasil, dado o bom desempenho\n do setor no país. Mesmo assim, há ainda aquelas que importam artigos e essas,\n 20% do total de expositores da feira, não devem influenciar os preços ou o\n desempenho do mercado de maneira geral.\n \n Outra\n grande pedra no sapato de quem trabalha com produtos de outros países é a maior\n facilidade da classe média em viajar. "O brasileiro não é burro. Sabe que,\n quando vai viajar, pode encontrar o mesmo produto 30% ou 40% mais barato em um\n free shop", diz Lina Gonzalez.\n \n Já\n os produtos negociados em euro, como perfumes franceses, não sofrerão aumento,\n diz Lina. Eles representam 40% do total de mercadorias vendidas pela Top\n Internacional. A gerente comercial diz que o Brasil é o país que mais consome\n perfumes e maquiagens no mundo, o que faz com que as importadoras tenham\n ambição de, se o câmbio permitir, brigar com os produtores nacionais por uma\n fatia maior desse mercado. Desse cabo de guerra, quem sai vitorioso é o\n consumidor, que deve ver nacionais e importados brigando por condições de\n oferecer preços mais competitivos.\n \n \n \n \n
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