Globo Esporte/LD
ImprimirO príncipe da Jordânia Ali Bin Al-Hussein, um dos candidatos a presidente da Fifa, foi Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) e pediu o adiamento da eleição, marcada para esta sexta-feira. A alegação dos advogados de Ali é "falta de transparência". O TAS afirmou em comunicado que registrou o apelo de Ali "pedindo medidas provisórias urgentes" e disse que "a Fifa foi convidada a ver a enviar observações por escrito em resposta ao pedido de Príncipe Ali". O prazo dado pelo TAS para responder sobre o assunto foi a manhã de quinta-feira, véspera da eleição presidencial.
De acordo com o advogado Marcos Motta, que costuma atuar em casos julgados pelo TAS, o Tribunal pode abrir um "procedimento expresso" e formar um painel de emergência para julgar o recurso do príncipe Ali até a data eleição. Os julgamentos do TAS são sempre realizados por um painel composto de três pessoas: uma indicada por cada uma das partes e outra pelo próprio tribunal.
Nesta semana, Ali pediu para a Fifa usar cabines de votação transparentes, para evitar que eleitores fotografassem seus votos antes de depositá-los na urna, e sua equipe chegou a levar uma cabine a Zurique. Há relatos de que eleitores estão sendo pressionados a registrar seus votos. Ao rejeitar a sugestão do príncipe Ali, a Fifa disse que iria pedir aos eleitores que não levassem telefones celulares para a cabine de votação.
A candidatura de Ali é considerada a terceira força na eleição da Fifa. Os favoritos são Gianni Infantino, ex-secretário-geral da Uefa, e o xeque Salman Ibrahim Al-Kalifa, do Bahrein. Os outros candidatos são o francês Jérôme Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale, que já admite desistir de concorrer para compor uma aliança.