Geral
18/01/2013 07:00:19
Nova busca do Facebook preocupa especialistas em privacidade
O resultado é hoje bem conhecido: o Yahoo!, ferramenta de busca que teve o auge de seu sucesso na década de 1990.
Terra/LD
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\n \n Janeiro\n de 1994: dois jovens trabalham num projeto para a internet. Sua concepção é uma\n espécie de guia de viagens para a rede - pois os websites são tantos que\n ninguém mais consegue ter uma visão do todo. O resultado é hoje bem conhecido:\n o Yahoo!, ferramenta de busca que teve o auge de seu sucesso na década de 1990.\n \n A\n ideia dos doutorandos Jerry Yang e David Filo era tornar a internet mais\n transparente. Até então, o que existia eram tentativas de compilar todos os\n sites existentes em um índice - uma espécie de páginas amarelas. No entanto, o\n que os dois jovens queriam era um mecanismo que não só mostrasse os sites à\n disposição, mas também ordenasse os resultados da busca.\n \n Vinte\n anos mais tarde, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, enfrenta um problema\n semelhante. Sua rede social comporta um enorme número de páginas: são 1 bilhão\n de perfis de usuários, 240 bilhões de fotos, 1 trilhão de conexões.nbsp;\n \n No\n entanto, ainda é praticamente nula a possibilidade de triar todas essas\n informações de um modo funcional. Por exemplo, a partir de perguntas como\n "quem, dos meus amigos que moram em Porto Alegre, gosta de filmes de\n terror?". Mas a situação está prestes a mudar.\n \n Cruzamento de dados
\n Numa apresentação em Menlo Park, sede do Facebook, Zuckerberg apresentou a\n chamada Graph Search, desenvolvida em parceria com a ferramenta de busca Bing,\n da Microsoft, empresa com a qual já colabora desde 2010. A nova ferramenta de\n busca possibilitará não só pesquisar uma palavra-chave, como também cruzar\n termos de busca, por exemplo pessoas e seu status de relacionamento\n ("outros solteiros em minha cidade"); interesses e lugares; lugares e\n amigos ("quais dos meus amigos conhecem um restaurante em Londres?");\n ou imagens e datas ("fotos do ano 2009").\n \n Essa\n possibilidade é um grande diferencial em relação ao Google ou o Yahoo!.\n "Outras ferramentas de busca não são capazes de responder a tais\n perguntas", resume Jo Barger, redator da revista alemã de informática ct. Ferramentas de busca\n de pessoas, como a alemã Yasni, também não podem ser comparadas à Graph Search,\n afirma Barger. "Elas não fazem muito mais do que uma busca ao pé da letra\n a partir do nome", continua, Nem mesmo a função de "busca social"\n de que dispõem os usuários da rede Google+ oferece as possibilidades prometidas\n pelo Facebook.\n \n A\n rede social de Zuckerberg é capaz de encontrar mais informações através da nova\n função de busca porque parte de seus usuários revela muito sobre si. Porém, a\n Graph Search só fornecerá os dados que o usuário permitir. "O Facebook faz\n questão de enfatizar que as buscas da Graph Search sempre levarão em\n consideração o grau de privacidade definido pelo dono dos dados", lembra\n Barger.\n \n Matéria para debates
\n Especialistas em proteção do consumidor e de dados pessoais veem na nova\n ferramenta uma possibilidade de explorar os limites das configurações de\n privacidade. "Justamente num país sensível à proteção de dados, como a\n Alemanha, essa nova visibilidade ainda vai suscitar alguns debates",\n escreveu o jornalista Pascal Paukner no jornal Süddeutsche Zeitung.\n \n Por\n sua vez, o encarregado de proteção de dados do estado de Schleswig-Holstein,\n Thilo Weichert, não hesitou em advertir contra a superbusca do Facebook.\n "A função de busca que conhecemos da internet penetrará agora no círculo\n de amigos, o que significa que informações altamente sensíveis também poderão\n chegar a terceiros", afirmou.\n \n Carola\n Elbrecht, da Confederação das Centrais de Consumidores da Alemanha (VZBV, na\n sigla em alemão), também enfatiza a importância de que os usuários sempre\n saibam o que ocorre com seus dados. "O Facebook nem sempre se comportou de\n forma exemplar ao introduzir novos serviços", lembra Elbrecht.\n \n Um\n portal de mídia online avaliou entusiasticamente a Graph Search como potencial\n fonte de pesquisa para os jornalistas. A nova função será disponibilizada pouco\n a pouco nos perfis da rede social ao longo das próximas semanas e meses.\n \n \n \n \n
\n Numa apresentação em Menlo Park, sede do Facebook, Zuckerberg apresentou a\n chamada Graph Search, desenvolvida em parceria com a ferramenta de busca Bing,\n da Microsoft, empresa com a qual já colabora desde 2010. A nova ferramenta de\n busca possibilitará não só pesquisar uma palavra-chave, como também cruzar\n termos de busca, por exemplo pessoas e seu status de relacionamento\n ("outros solteiros em minha cidade"); interesses e lugares; lugares e\n amigos ("quais dos meus amigos conhecem um restaurante em Londres?");\n ou imagens e datas ("fotos do ano 2009").\n \n Essa\n possibilidade é um grande diferencial em relação ao Google ou o Yahoo!.\n "Outras ferramentas de busca não são capazes de responder a tais\n perguntas", resume Jo Barger, redator da revista alemã de informática ct. Ferramentas de busca\n de pessoas, como a alemã Yasni, também não podem ser comparadas à Graph Search,\n afirma Barger. "Elas não fazem muito mais do que uma busca ao pé da letra\n a partir do nome", continua, Nem mesmo a função de "busca social"\n de que dispõem os usuários da rede Google+ oferece as possibilidades prometidas\n pelo Facebook.\n \n A\n rede social de Zuckerberg é capaz de encontrar mais informações através da nova\n função de busca porque parte de seus usuários revela muito sobre si. Porém, a\n Graph Search só fornecerá os dados que o usuário permitir. "O Facebook faz\n questão de enfatizar que as buscas da Graph Search sempre levarão em\n consideração o grau de privacidade definido pelo dono dos dados", lembra\n Barger.\n \n Matéria para debates
\n Especialistas em proteção do consumidor e de dados pessoais veem na nova\n ferramenta uma possibilidade de explorar os limites das configurações de\n privacidade. "Justamente num país sensível à proteção de dados, como a\n Alemanha, essa nova visibilidade ainda vai suscitar alguns debates",\n escreveu o jornalista Pascal Paukner no jornal Süddeutsche Zeitung.\n \n Por\n sua vez, o encarregado de proteção de dados do estado de Schleswig-Holstein,\n Thilo Weichert, não hesitou em advertir contra a superbusca do Facebook.\n "A função de busca que conhecemos da internet penetrará agora no círculo\n de amigos, o que significa que informações altamente sensíveis também poderão\n chegar a terceiros", afirmou.\n \n Carola\n Elbrecht, da Confederação das Centrais de Consumidores da Alemanha (VZBV, na\n sigla em alemão), também enfatiza a importância de que os usuários sempre\n saibam o que ocorre com seus dados. "O Facebook nem sempre se comportou de\n forma exemplar ao introduzir novos serviços", lembra Elbrecht.\n \n Um\n portal de mídia online avaliou entusiasticamente a Graph Search como potencial\n fonte de pesquisa para os jornalistas. A nova função será disponibilizada pouco\n a pouco nos perfis da rede social ao longo das próximas semanas e meses.\n \n \n \n \n
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