Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025
Geral
30/11/2012 09:00:00
Precariedade em que vivem indígenas de MS chega a ser desumana, diz procuradora
A situação em que vivem os índios de três aldeias, em Mato Grosso do Sul, visitadas esta semana por uma comissão do Ministério Público Federal (MPF) é "alarmante", afirmou a sub-procuradora-geral da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, Gilda Pereira.

Correio do Estado/LD

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\n A situação em que vivem os índios de três aldeias, em Mato Grosso do Sul, visitadas esta semana por uma comissão do Ministério Público Federal (MPF) é "alarmante", afirmou a sub-procuradora-geral da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, Gilda Pereira.nbsp; Desde a última segunda-feira (26), o grupo formado por mais cinco procuradores e dois antropólogos, além da própria sub-procuradora, visitou as aldeias Arroio Korá e Ypo´i, em Paranhos, e Pyelito Kue, em Iguatemi, para averiguar as denúncias de violações aos direitos dos indíos Guarani-Kaiowá que vivem em Mato Grosso do Sul. Em tamanho da população, a etnia é a segunda maior do país, com cerca de 43 mil pessoas, dos quais 32 mil vivem no estado, segundo dados do Censo 2010, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Confirmamos a total precariedade, que chega a ser desumana, em que vivem os indígenas", declarou Gilda, garantindo que, além de enfrentarem limitações ao seu direito de ir e vir, os índios das três comunidades indígenas visitadas não têm acesso adequado à saúde e à educação. "Os índios também nos relataram que sentem muito medo, por acharem que as autoridades, a imprensa e a sociedade não os valorizam nem compreendem suas reivindicações por terras, que é algo de que o índio precisa para viver. Além da terra, eles querem ser reconhecidos por sua cultura", disse a sub-procuradora, revelando que, durante a reunião, a comissão pediu ao governador André Puccinelli que manifestasse publicamente o reconhecimento do estado aos povos indígenas para, assim, dar maior visibilidade às várias comunidades sul-matogrossenses. "Sabemos mais sobre a etnia Guarani-Kaiowá em Brasília ou no exterior do que [se sabe a respeito deles] em Mato Grosso do Sul. Por isso reivindicamos que o governador diga a toda a população que há guaranis-kaiowás vivendo no estado e que eles também precisam ser contemplados em seus direitos", comentou a sub-procuradora. "Ele falou que tem vários problemas financeiros e econômicos, mas disse que estava sensibilizado e que é o governador de todos os índios guarani-kaiowá. Eu acho muito importante essa declaração do governador", comentou a sub-procuradora, reconhecendo que a responsabilidade maior pela solução dos conflitos entre produtores rurais e índios é da União. \n \n
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