Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025
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20/01/2012 11:00:47
"Sou do bem", diz presidente de escola de samba preso em SP
Preso na madrugada desta sexta-feira (20) na Zona Norte de São Paulo por ter sido condenado pela Justiça em um caso de extorsão, o presidente da escola de samba Camisa Verde e Branco, Ribamar de Barros, disse "ser do bem" e afirmou que a acusação que sofre não existiu.

G1/LD

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\n \n Preso\n na madrugada desta sexta-feira (20) na Zona Norte de São Paulo por ter sido\n condenado pela Justiça em um caso de extorsão, o presidente da escola de samba\n Camisa Verde e Branco, Ribamar de Barros, disse "ser do bem" e\n afirmou que a acusação que sofre não existiu. Barros foi transferido por volta\n das 9h20 do 13º Distrito Policial, na Casa Verde, para a carceragem do 72º\n Distrito Policial, na Vila Penteado, na Zona Norte, onde aguardará por uma vaga\n em um Centro\n de Detenção Provisória.\n \n “Não\n tenho nada a declarar. Nada vai mudar, sou do bem. Daqui uns dias eu estou na\n rua. Quem me conhece sabe que eu sou do bem. Isso daí não existiu”, disse ele\n ao deixar a delegacia. Barros foi preso nesta madrugada ao ser abordado em um\n patrulhamento de rotina pela Polícia Militar. Foi constado que havia um mandado\n de prisão expedido em seu nome desde o dia 9 de janeiro. Com ele, foram\n encontrados R$ 11 mil em dinheiro, que foram apreendidos porque ele não\n informou a origem.\n \n O\n mandado foi expedido depois que Barros foi condenado em segunda instância por\n extorsão em decisão que saiu no dia 15 de dezembro. Segundo seu advogado,\n Airton Bicudo, a condenação refere-se a um processo iniciado em 2001. Na época,\n o presidente da escola de samba foi absolvido. Entretanto, o Ministério Público\n recorreu, e a Justiça decidiu pela condenação. Barros e outras quatro pessoas\n foram condenadas a seis anos, dois meses e 20 dias de prisão.\n \n “É\n um fato muito antigo, o Ribamar é uma pessoa que desde essa época não tem\n nenhum problema, e que goza de conceito dentro da escola de samba, no meio\n social onde vive, e que tem o apoio da diretoria, de todas as pessoas da escola\n e da própria comunidade”, explicou o advogado, que pretende recorrer da\n decisão. “Se a decisão não estiver transitada e julgada, nós vamos pedir ao\n desembargador para que nos dê o direito de recorrer com ele em liberdade. Até por\n ser um fato muito antigo, e dele ter dado demonstrações durante esse tempo todo\n de que é um homem de bem.”\n \n Segundo\n o advogado, Barros não sabia da existência do mandado de prisão – nem os\n policiais militares que o abordaram. O dado só foi descoberto após verificação\n dos policiais no sistema da Polícia Militar.\n \n O\n caso de extorsão aconteceu quando Barros estava preso na carceragem do 28º\n Distrito Policial por tráfico de drogas. Segundo o processo, a vítima relatou\n que o presidente da escola de samba e outro homem que estava preso no mesmo\n local passaram a exigir quantias em dinheiro para que ele não fosse morto na\n carceragem. O esquema foi descoberto e denunciado. Barros, o outro preso e duas\n mulheres foram condenados.\n \n O\n advogado do presidente da escola de samba questionou a condenação. “Pelo que\n ele fala nos parece uma situação bisonha, não é uma situação de um bandido, que\n aconteceu num passado muito distante, e que teve uma interpretação em um\n primeiro momento favorável”, afirmou Bicudo.\n \n Antes\n do processo de 2001, no qual ele também foi acusado de formação de quadrilha,\n Barros já havia respondido por roubo e tráfico de drogas. Segundo a Polícia\n Civil, ele chegou a cumprir pena em alguns casos e foi absolvido em outros.\n \n A\n assessoria de imprensa da Camisa Verde e Branco informou que por enquanto a\n escola não irá comentar no assunto e que a agremiação continua focada no\n carnaval. A programação para os próximos dias está mantida, e a escola fará seu\n ensaio técnico neste sábado (21) no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São\n Paulo. Representantes da escola também estiveram no 13º DP e não comentaram a\n prisão de Barros.\n \n \n \n
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