\n \n Acordo\n entre o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Incra\n (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e MST (Movimento dos Sem\n Terra) pode dar fim ao impasse envolvendo as 450 famílias de brasiguaios que\n estão acampadas às margens da BR-163, na região do município de Itaquiraí.\n \n No\n acordo firmado ontem (17), em reunião na sede do departamento, em Campo Grande,\n representantes dos dois órgãos e do movimento constataram que o acampamento\n está apenas 5 metros dentro do perímetro do Dnit e para sair desta área seria\n necessário o recuo dos barracos no local, porém, com isso eles podem invadir o\n território de uma fazenda que faz divisa com o acampamento.\n \n De\n acordo com o superintende do Incra, Antônio Carlos Nogueira, a solução\n encontrada é as famílias desocuparem a faixa de domínio da União do lado\n direito, que é de 25 metros, e do lado esquerdo 45 metros. Ele avalia que se os\n barracos forem retirados desses locais resolve a questão. “Contudo como é uma\n decisão judicial cabe à justiça aceitar o acordo”, explicou.\n \n Nesta\n quinta-feira (19), vence o prazo para o cumprimento da liminar impetrada pela\n Procuradoria do Dnit, que obriga as famílias desocuparem a área.\n \n Ontem,\n grupo de sem-terra bloqueou a BR-163, na região de Itaquiraí, por cerca de 6\n horas, provocando congestionamento de 10 quilômetros. Eles liberaram a rodovia\n após a ida até o local do ouvir agrário regional do Incra (Instituto Nacional\n de Colonização e Reforma Agrária), Sidney Ferreira de Almeida. O ouvidor teve a\n missão de negociar com a Prefeitura de Itaquiraí uma área para transferência do\n acampamento. Porém, nenhum local foi encontrado.\n \n Por\n conta desse impasse, a sede do Incra, em Campo Grande, foi ocupada por membros\n do sem-terra. A ocupação terminou na noite de ontem, após a reunião no Dnit.\n \n Além\n da questão dos brasiguaios, o instituto se comprometeu a atender outras reivindicações\n dos sem-terra, que inclue: derrubada da liminar impetrada pelo MPF (Ministério\n Público Federal) em Dourados que determinou a suspensão de todos os processos\n de aquisição e desapropriação de áreas para a criação de novos assentamentos;\n continuação das vistorias de combate a ocupação irregular e já de imediato a\n retomada das áreas ocupadas irregularmente por pessoas não cadastradas no\n Incra.\n \n \n \n \n