A sequência de bons preços da saca de \n soja vem animando os produtores e a colheita do grão deve quebrar 2º \n recorde consecutivo no Estado. Os números devem ajudar o Brasil a bater \n os Estados Unidos e assumir o posto de maior produtor mundial de soja.Em\n Mato Grosso do Sul, a safra 2012/2013, rendeu 5,8 milhões de toneladas e\n ultrapassou o melhor resultado anterior, registrado em 2009/2010. \n Agora, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê produção de \n 6,3 milhões de toneladas no Estado.O recorde é resultado da \n ampliação da área plantada e de novas técnicas adotadas para melhorar a \n produção. Diretor da Aprosoja, Almir Dalpasquale estima aumento de 10% \n da área cultivada no Estado. Mais cauteloso, o analista de grãos da \n Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), \n Leonardo Carlotto, acredita em um crescimento de 5% a 6%.Para \n ele, a ampliação da área plantada atende demanda mundial e é incentiva \n pelos bons preços da soja. “Nos últimos dois anos, a produção do grão \n nos Estados Unidos caiu por conta de problemas climáticos e elevou o \n preço da soja”, explicou. Segundo o analista, entre e outubro e novembro\n de 2012, a saca custava em média R$ 54 e, agora, está sendo \n comercializada a R$ 68, uma valorização de 26%.Ao mesmo tempo, o \n custo da produção também aumentou, nem, por isso, os produtores \n desanimaram. “Os preços históricos estão garantindo rentabilidade”, \n justificou o corretor de grãos da Cooperativa Agrícola Mista Serra de \n Maracaju, Valter Dias.Pelos cálculos da Aprosoja, o custo médio \n da produção por hectare deverá atingir o patamar de R$ 1,4 mil, acima \n dos R$ 1,25 mil registrados na safra anterior. A Famasul, por sua vez, \n estima gastos mais elevados e custo médio de R$ 1,7 mil por hectare, \n superior aos R$ 1,58 mil gastos no ano passado.Preocupação\n - Para Dias, ainda é cedo para estimar o custo da safra. “Depende do \n clima daqui para frente e das pragas”, explicou. Segundo ele, há \n preocupação com a possibilidade da lagarta helicoverpa chegar a Mato \n Grosso do Sul. “A praga surgiu no ano passado, na Bahia. Ela se reproduz\n rápido, é voraz e ainda não sabemos como lidar com ela”, comentou.Sobre\n o andamento do plantio, o analista de grãos da Famasul informou que 70%\n do Estado da área já foi cultivada. Na região sul, os trabalhos estão \n mais avançados, enquanto na região norte está mais lento, com 58% \n efetivado. “Em Maracaju, a fase de plantio está no final e atingiu \n patamar de 90%”, completou Valter Dias.