Geral
24/11/2012 09:09:42
Caso Eliza: para advogados, condenação é indicativo para próximo julgamento
Após a condenação dos réus Luiz Henrique Romão, por 15 anos de reclusão, e de Fernanda Castro, por cinco anos de regime aberto, houve muita movimentação no plenário do júri, no Fórum de Contagem.
Terra/LD
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\n \n Após a condenação dos réus Luiz Henrique Romão, por 15 anos de\n reclusão, e de Fernanda Castro, por cinco anos de regime aberto, houve muita\n movimentação no plenário do júri, no Fórum de Contagem. O julgamento de ambos\n terminou na madrugada deste sábado e já é um termômetro para o dia 04 de março,\n quando os demais acusados serão julgados. \n \n Para o advogado de Macarrão, Leonardo Diniz, o resultado foi como\n uma vitória para a defesa. "Ainda vamos analisar se vamos entrar com\n recurso. Entendemos que foi uma vitória, já que ele vai cumprir dois quintos\n por homicídio e um sexto por sequestro", disse. Macarrão terá que ficar\n cinco anos e quatro meses na prisão e depois poderá ir para o regime\n semiaberto, onde o acusado pode sair para trabalhar e retornar para a cadeia à\n noite. \n \n Diniz explicou ainda que a decisão do depoimento de seu cliente\n foi uma decisão própria. "Não houve acordo. E confissão partiu dele e\n beneficiou somente a ele", afirmou. \n \n Segundo o assistente de acusação Cidnei Karpinski, Macarrão poderá\n passar para o regime semiaberto em 2015, depois de ter cumprido mais dois anos\n e dez meses de prisão, já que ele cumpriu até agora dois anos e seis meses\n desde que foi preso, em julho de 2010. "A pena que ele teve no Rio de\n Janeiro pelo sequestro de Eliza é unificada", disse. \n \n O assistente da acusação, José Arteiro, deixou o Fórum de Contagem\n aplaudido por cerca de 100 curiosos que estavam no local. Contente, ele\n confirmou que realmente fez o acordo. "Eu fiz, todo mundo saiu\n ganhando", finalizou. \n \n O promotor Henry Vasconcelos voltou a afirmar que a confissão de\n Macarrão foi bom para ele. "Foi um julgamento justo, como eu esperava.\n Considero a pena razoável, dada a dosimetria que considerou a confissão de\n Macarrão como um atenuante - a confissão não era necessária para a\n acusação", argumentou. Perguntando se Bruno terá o mesmo tratamento caso confesse,\n ele respondeu: "eu duvido que nós recebamos dele uma confissão",\n finalizou. \n \n Após a sentença, o advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, deu\n gargalhadas no plenário. Depois do irônico riso ele gritou: "isso é\n loucura". O defensor garantiu que vai tentar desqualificar a fala de\n Macarrão no júri de Bruno. "Nunca vi isso, acho loucura uma atenuante por\n confissão cair oito anos em uma pena. A condenação de Macarrão pra mim é linda,\n porque mostra que ninguém do Conselho de Sentença acreditou nele", concluiu.\n \n \n Novo personagem\n \n O promotor Henry Vasconcelos, revelou que vai oferecer denuncia\n ainda este ano contra o policial civil aposentado José Laureano de Assis, o\n Zezé, que foi citado em pelo menos dois depoimentos como um suspeito de ter\n ajudado o ex-policial Marcos Aparecido do Santos, o Bola, a executar Eliza - um\n deles do detento Jaílson Alves de Oliveira, que teria ouvido de Bola uma\n confissão. No interrogatório, Jaílson disse que "o Zezé ajudou a matar\n Eliza".\n \n O assistente de acusação José Arteiro Lima já havia solicitado ao\n Ministério Público, ainda em 2010, a denuncia contra Zezé, que foi investigado\n pela Polícia Civil, mas não indiciado. \n \n \n \n \n
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