Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024
Geral
08/12/2022 11:00:00
Com três conselheiros afastados por corrupção, eleição do TCE-MS deve ser suspensa
Jerson Domingos assume a presidência provisoriamente

TMN/PCS

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Iran Coelho das Neves (então presidente)

A escolha do novo presidente do Tribunal de Contas do MS, que já era motivo de polêmicas, agora tem um ingrediente a mais: com o afastamento de três conselheiros, por ordem da Justiça, a eleição pode ser adiada.

Foram suspensos por 180 dias:Iran Coelho das Neves (então presidente) e os conselheiros Ronaldo Chadide Waldir Neves. Devido aosafastamentos, Jerson Domingos assume a presidência provisoriamente.

Um dos alvos da operação, o conselheiro Waldir Neves, é um dos postulantes ao cargo. Ele, inclusive, foi um dos investigados na primeira fase da Operação ‘’Mineração de Ouro’’, em 2021, que na manhã desta quinta-feira (8), deflagrou nova fase, que é a ‘’Terceirização de Ouro’’.

O conselheiro Jerson Domingos, então vice-presidente da Corte de Contas, informou, por meio da assessoria, que os trabalhos no Tribunal continuam, mas não conseguiu dar detalhes. Ele garante não ter sofrido nenhuma sanção na operação.

Em nota oficial o TCE-MS destacou que, "em função de decisão do Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Falcão, o conselheiro Jerson Domingos assume, interinamente, a presidência" e ainda hoje deve se reunir com os demais conselheiros e diretores da Corte de Contas para deliberações.

Mineração de Ouro

Na primeira fase da ação, a PF mirou um esquema de transações milionárias, envolvendo uma mineradora, situada em Corumbá, ligada ao conselheiro Waldir Neves. À época, em junho de 2021, foi descoberto que a empresa tinha dívida milionária e por isso teve uma área colocada sob penhora. Mesmo assim, o local foi colocado à venda para outra empresa do ramo.

Terceirização

A operação deflagrada nesta quinta-feiraapura envolvimento de conselheiros e outros suspeitos, em esquema de fraude em licitações, criando cargos fantasmas, cargos para apadrinhados políticos e de indicados por autoridades, além do desvio de dinheiro público.

Alvo

A investigação mira também a empresa Dataeasy, contratada pelo TCE-MS, por cerca de R$ 80 milhões, mas que seria usada como cabide de empregos pelos conselheiros mais influentes da Corte.

Waldir Neves, conselheiro do TCE (Foto: AC)
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