\n \n O\n aumento de cerca de 220% no preço do tomate nos últimos dias transformou a\n salada do brasileiro em artigo de luxo. De acordo com a FGV (Fundação Getulio\n Vargas), o preço do tomate saltou de R$ 1,50 para cerca de R$ 5 o quilo, nesse\n inverno, fato considerado raro, já que o estudo mostrou que o período de alta\n mais aguda do preço do tomate vai de janeiro a abril.\n \n “Apesar de atípico,\n se o inverno for mais rigoroso próximo às áreas de cultivo, isso pode atrasar o\n amadurecimento do fruto e provocar escassez temporária no mercado”, alertou o\n coordenador da pesquisa, André Braz. Ele explicou que, de acordo com os\n agricultores, esse é o motivo pelo aumento elevado e abrupto dos preços.\n \n Alguns\n consumidores, entretanto, optam por pagar o preço pedido pelo mercado. A dona\n de casa Lea de Semenovitch alegou que, apesar do alto preço e da baixa\n qualidade, tomate não pode faltar na mesa de sua casa.\n \n “Fui ao\n supermercado na sexta-feira passada e o quilo estava R$ 6. Um absurdo total. E\n nem era do bom. A maioria estava verde e alguns estavam vermelhos por fora e\n verdes por dentro. Comprei porque meu neto adora tomate cortadinho na salada e\n sempre uso para fazer tempero para carne e peixe”, justificou Lea.\n \n Segundo o\n economista, no entanto, com a passagem dos efeitos mais agudos do clima, é\n pouco provável que o tomate sustente o atual nível de preços. nbsp;Para a FGV,\n enquanto o preço não baixa, a opção é substituir o tomate na salada por outras\n frutas, de preferência por aquelas típicas da estação, como uva, tangerina e\n morango.\n \n André Braz também\n aconselhou o consumidor a reduzir o volume de compras, fazendo valer a\n “verdadeira arma” do consumidor. “Quando compramos menos de um determinado\n produto, principalmente os perecíveis, reduzimos a probabilidade de os preços\n continuarem subindo, pois o comércio não vê como um bom negócio deixar o\n produto estragar nas prateleiras”.\n \n \n \n \n