\n \n O comportamento do cliente é o principal fator de ocorrências de\n fraudes eletrônicas bancárias, principalmente nas transações por cartões e pela\n internet, disse hoje (22) Marcelo Camara, diretor da Comissão de Prevenção a\n Fraudes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).\n \n “Sem\n dúvida, é o comportamento do cliente o fator principal [que possibilita as\n fraudes]. Os computadores têm a possibilidade de estarem seguros, de terem\n programas seguros e, ainda assim, dependerem de uma atualização e configuração\n adequada, e quem faz isso é o dono do computador. O bandido aborda o elo mais\n fraco”.\n \n As\n fraudes eletrônicas deverão causar prejuízo de aproximadamente R$ 1,4 bilhão\n aos bancos brasileiros este ano, segundo a Febraban. Em 2011, apesar de terem\n sido responsáveis apenas por 0,006% do total de transações, as fraudes\n eletrônicas – que ocorrem geralmente pela internet ou na falsificação do cartão\n bancário – causaram prejuízo de R$ 1,5 bilhão.\n \n De acordo com a Febraban, 24% de todas as transações bancárias são\n feitas atualmente pela internet, o que demanda um investimento anual, pelos\n bancos, de US$ 9,2 bilhões no combate aos crimes virtuais. Mas o alto\n investimento em tecnologia não consegue fechar todas as portas aos criminosos.\n A entidade indica o comportamento dos clientes como a maior fragilidade do\n sistema.\n \n Entre os comportamentos dos clientes que podem colocar em risco a\n segurança de uma transação bancária está o de não manter o sistema operacional\n do computador, o navegador e o antivírus atualizados, além de abrir com\n frequência e executar arquivos de remetentes duvidosos.\n \n A Febraban recomenda que o usuário sempre fique atente ao fluxo de\n navegação dos sites\n bancários. Que repare, em sua disposição visual, a sequência em que as senhas\n são exigidas. Qualquer alteração visual ou aumento da quantidade de perguntas\n sobre dados pessoais, o cliente deve entrar em contato com o banco. É\n recomendado também a alteração, sempre que possível, das senhas cadastradas.\n \n A entidade destaca que os golpes típicos do final de ano são\n feitos por meio de e-mails de\n remetentes duvidosos, com algum assunto curioso, que vai exigir o clique em uma\n figura ou link, para assistir\n um vídeo, ver uma foto ou para acessar outro site.\n Ao clicar, é instalado um programa espião no computador, que irá identificar a\n senha do usuário no próximo acesso ao site\n do banco. “O brasileiro é muito curioso, é colocar veja a sucuri engolindo o\n garoto que as pessoas clicam”, disse Camara.\n \n Os programas maliciosos podem ainda fazer com que o navegador da\n vítima a levem para um site\n falso na hora de entrar na página do banco. “Normalmente a página falsa pede\n informações que no site do\n banco não são exigidas. Vai pedir muitos dados, além do que você normalmente\n está habituado a fazer”, alerta. \n \n \n \n \n