Quinta-Feira, 24 de Julho de 2025
Geral
23/05/2012 09:00:00
Processo de suposto clipe racista de Alexandre Pires é arquivado pelo MP
O vídeo foi denunciado pelo ouvidor nacional da Igualdade Racial, Carlos Alberto Silva Júnior, que levou o caso para a Procuradoria Geral da República na cidade mineira.

Terra/PCS

Imprimir
Alexandre Pires foi acusado de racismo pelo videoclipe
\n \t \t \t \t \t \t \t \t O Ministério Público Federal (MPF) de Uberlândia (MG) \n arquivou o processo que apurava suposta discriminação racial no \n videoclipe da música Kong, de Alexandre Pires, informou o site do\n órgão. O vídeo foi denunciado pelo ouvidor nacional da Igualdade \n Racial, Carlos Alberto Silva Júnior, que levou o caso para a \n Procuradoria Geral da República na cidade mineira.\n \n No vídeo, um grupo de belas mulheres curte a piscina de uma casa,\n que acaba invadida por pessoas fantasiadas de gorilas. A reclamação era\n de que "o vídeo utiliza clichês e estereótipos contra a população \n negra" e que "reforça estereótipos equivocados das mulheres como símbolo\n sexual". \n \n Alexandre sempre negou qualquer discriminação racial. No despacho\n de arquivamento, o MPF sustenta que "não se pode concluir, ao menos \n objetivamente, pela ocorrência de racismo, por absoluta ausência do \n elemento subjetivo caracterizador dessa conduta lesiva".\n \n \n Segundo o procurador da República Frederico Pellucci, embora, \n "historicamente, a relação homem-macaco seja utilizada para desumanizar o\n negro, não se pode concluir que qualquer trabalho de expressão que \n invoque a figura do macaco (gorila) tenha, desde sempre, esse objetivo".\n \n Ao analisar a letra da música e as cenas do videoclipe, o \n procurador entendeu que "a invocação ao gorila tem mais a ver com a \n virilidade do que com a negritude, porquanto não se olvida que o macaco,\n como expressão da origem animal do homem, é objeto de inúmeras relações\n quando o assunto é virilidade, fetiche, força e masculinidade". \n \n "Não se pode dizer que a letra da música ou seu videoclipe \n tiveram a intenção de atacar quem quer que seja, mas sim apresentar-se \n de maneira descontraída e bem-humorada, descabendo adentrar na discussão\n quanto ao bom ou mau gosto na escolha das respectivas expressões e \n cenas", disse o procurador ao site oficial do Ministério Público de \n Minas Gerais. \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias