Geral
22/10/2013 10:56:32
Sobe para 25 total de PMs denunciados à Justiça por tortura e morte de Amarildo
O Ministério Público anunciou nesta terça-feira (22) a denúncia de mais 15 policiais militares que teriam ligação com o sumiço de Amarildo Dias, há cerca de dois meses, na Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro.
R7/LD
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O\n Ministério Público anunciou nesta terça-feira (22) a denúncia de mais 15\n policiais militares que teriam ligação com o sumiço de Amarildo Dias, há cerca\n de dois meses, na Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. Ao todo, são 25\n denunciados pela promotoria pelos crimes de tortura, ocultação de cadáver e\n formação de quadrilha.\n \n De\n acordo com o MP, o ajudante de pedreiro foi torturado por cerca de 40 minutos.\n Além de receber choques elétricos, Amarildo teria sido afogado em um balde e\n sufocado com saco plástico na boca e na cabeça.\n \n Agentes\n do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) do Ministério\n Público colheram depoimentos de policiais militares ao longo das últimas\n semanas. Ao menos cinco confirmaram que Amarildo foi torturado próximo à sede\n da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha. Disseram, inclusive, que\n os gritos podiam ser ouvidos claramente.\n \n Segundo\n a promotora Carmem Elisa Bastos, do Gaeco, quatro PMs teriam sido efetivamente\n os torturadores de Amarildo: tenente Luiz Medeiros, o sargento Gonçalves e os\n soldados Maia e Vital. Outros 13 teriam participado indiretamente.\n \n Ainda\n segundo o MP-RJ, mais 15 policiais militares, entre eles três mulheres, foram\n denunciados pelo órgão, totalizando 25 acusados pelo crime.\n \n Ainda\n de acordo com o Ministério Público, o major Edson, ex-comandante da UPP que\n hoje está preso no complexo de Bangu, estava em seu escritório durante a sessão\n de tortura. A sala do major ficava, segundo o MP, próximo ao local e, por isso,\n ele teria escutado cada detalhe.\n \n No\n início do mês, o Gaeco havia informado que escutas telefônicas autorizadas pela\n Justiça do Rio ajudaram a Divisão de Homicídios nas investigações que levaram\n ànbsp;prisão preventiva de dez PMs, os primeiros\n denunciados. Os dez agentes tiveram os telefones celulares grampeados e monitorados.\n \n Uma\n escuta revelou conversa de um PM com a namorada três dias após a reprodução\n simulada na Rocinha, que refez as versões dos PMs da noite em que Amarildo\n desapareceu. Segundo o delegado Rivaldo Barbosa, o acusado disse à mulher:\n "Eles já sabem o que aconteceu, só não têm como provar".\n \n Para\n atrapalhar as investigações, um dos PMs tentou se passar por um\n traficante conhecido como Catatau. Segundo a polícia, o acusado\n telefonou para um celular apreendido que vinha sendo monitorado e assumiu a\n autoria da morte de Amarildo, como se fosse Catatau. Entretanto, segundo a\n delegada Elen Souto, ficou provado que a voz não era do traficante.
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\n As gravações das conversas dos acusados ainda mostraram, segundo a polícia, que\n eles combinavam versões sobre o crime na tentativa de não cair em contradição\n diante dos investigadores. Em uma das delas, o major Edson Santos,\n ex-comandante da UPP da Rocinha, liga para um dos PMs acusados, segundo\n Barbosa.
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\n O major Edson tenta combinar depoimentos com o soldado Vital. Quando o\n soldado Vital sai da DH, ele [Edson] liga para o soldado Vital e pergunta: Vital,\n você disse na DH que foi lá embaixo só para buscar o Amarildo?
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\n As gravações das conversas dos acusados ainda mostraram, segundo a polícia, que\n eles combinavam versões sobre o crime na tentativa de não cair em contradição\n diante dos investigadores. Em uma das delas, o major Edson Santos,\n ex-comandante da UPP da Rocinha, liga para um dos PMs acusados, segundo\n Barbosa.
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\n O major Edson tenta combinar depoimentos com o soldado Vital. Quando o\n soldado Vital sai da DH, ele [Edson] liga para o soldado Vital e pergunta: Vital,\n você disse na DH que foi lá embaixo só para buscar o Amarildo?
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