Brasil
14/06/2013 09:00:00
PM que atingiu jornalista da Folha diz que tiro era contra grupo que o atacava
O disparo que atingiu o rosto da jornalista da Folha Giuliana Vallone tinha como destino original manifestantes que atacavam a polícia, mas bateu no chão e acertou a repórter, disse o comandante da Polícia Militar Benedito Meira.
Folhapress/AB
\n \n O\n disparo que atingiu o rosto da jornalista da Folha Giuliana Vallone tinha como\n destino original manifestantes que atacavam a polícia, mas bateu no chão e\n acertou a repórter, disse o comandante da Polícia Militar Benedito Meira.\n \n Segundo\n o oficial, o fato de um jornalista ser atingido por uma bala de borracha faz\n parte do "risco da profissão" que surge quando o repórter decide\n acompanhar protestos perto de manifestantes.\n \n Meira\n afirmou que a PM ouviu pessoas que testemunharam o tiro que feriu a jornalista\n e concluiu que a bala de borracha foi disparada no momento em que integrantes\n da tropa de choque da polícia entravam no ônibus da corporação e passaram a ser\n apedrejados por manifestantes.\n \n De\n acordo com Meira, um policial já identificado atirou para reagir ao ataque mas\n a bala acabou ferindo Vallone, que acompanhava a ação de dentro de um\n estacionamento.\n \n "Ele\n [PM] atirou em direção àqueles manifestantes exatamente para cessar aquela\n agressão. Quando ele efetuou esse disparo ricocheteou e atingiu a garota dentro\n do estacionamento. Ele efetuou o disparo e embarcou [no ônibus]".\n \n O\n comandante disse que esse tipo de ferimento pode ocorrer quando um jornalista\n decide cobrir um protesto perto de manifestantes.\n \n "O\n repórter tem duas opções: ele pode estar acompanhando o efetivo da Polícia\n Militar e pode estar acompanhando os manifestantes. Se houver um confronto e\n ele estiver acompanhando os policias militares, pode ser atingido por pedradas,\n paus, rojões e morteiros. Se ele estiver acompanhando os manifestantes... o que\n a Polícia Militar usa nessas ocasiões é munição química e de elastômero (bala\n de borracha)... ele pode ser atingido. Esse é o risco da profissão dele e é o\n risco da profissão nossa também", afirmou.\n \n O\n comandante disse que o disparo contra Vallone não partiu de um policial\n integrante de uma unidade da Rota (Rotas Ostensivas Tobias de Aguiar), mas sim\n da Tropa de Choque. De acordo com o oficial, a Rota não estava atuando na\n manifestação, mas estava em ação nos bairros de Moema, Higienópolis e Jardins "em\n razão de roubos a restaurantes".\n \n \n \n \n