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Geral
04/12/2012 07:00:15
Após morte de modelo, família poderá processar médico
A jovem morreu no sábado, 1º, após duas paradas cardíacas, em Goiânia, durante a cirurgia no Hospital Buriti, para implantes mamários de silicone.

Correio do Estado/LD

\n \n A\n família da modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, aguarda o\n resultado de um novo laudo, apontando a causa mortis e requerido junto ao\n Instituto Médico Legal (IML), em Goiânia, para decidir se processará por erro\n médico o cirurgião plástico Rogério Morale de Oliveira.
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\n A jovem morreu no sábado, 1º, após duas paradas cardíacas, em Goiânia, durante\n a cirurgia no Hospital Buriti, para implantes mamários de silicone. O corpo foi\n enterrado domingo, em Jataí.\n \n Procurado,\n o médico que tem clínica no centro de Jataí e no Setor Marista de Goiânia, é\n graduado e especializado pela Universidade de Campinas (Unicamp), não atendeu a\n inúmeras ligações.\n \n Vendedora\n autônoma e eleita miss Jataí Turismo no mês de maio, Louanna Adrielle pagou R$\n 6,5 mil pela cirurgia de implante da prótese de silicone, e sofreu uma parada\n cardio-respiratória.\n \n Pela\n ausência de UTI no hospital, ela foi transferida para o Monte Sinai, hospital\n distante 12 quilômetros, e não resistiu a uma segunda parada\n cardio-respiratória. As circunstâncias da morte e o atestado de óbito\n revoltaram a família.\n \n Drogas\n – “O atestado diz que ela era usuária de drogas, cocaína e bala (ecstasy), o\n que teria provocado as duas paradas”, disse Giuliano Cabral Chaves, futuro\n marido da Louanna, por telefone para O Estado. Eles viviam juntos havia cerca\n de dois anos e pretendiam se casar em 2013. “Ela era a minha princesinha: não\n usava drogas, só bebia suco de frutas e água, e detestava bebidas e drogas”,\n revelou Giuliano. “Até brigava comigo quando eu tomava uma cervejinha”, diz.\n \n Desconfiado\n do erro médico, Giuliano Chaves pediu ao IML de Goiânia um novo exame,\n detalhando a causa mortis. “Não concordo com esse atestado, e não há como\n rejeitar a possibilidade de negligência médica”, disse ele. “Porque, quando o\n médico acertou a cirurgia, garantiu ser o hospital equipado com UTI; mas deu a\n parada cardíaca, descobrimos que além de não ter a tal UTI ainda mandou a\n Louanna para outro hospital, alegando que lá, sim, tinha uma UTI”, revelou.\n \n “Tirou\n um pedaço” – Ainda emocionado com a morte da filha, os pais de Louanna\n Adrielle, a dona Deniia e “seu” Lourenço Adriano Silva, entendem que o atestado\n médico pode esconder a estratégia para livrar o médico de responsabilidades.\n “Mas eu quero justiça, vou lutar por justiça, o médico tirou um pedaço de mim”,\n diz ele.\n \n E\n a descoberta da não-existência de UTI gerou um sentimento de indignação: “Ele,\n o doutor, apostou na sorte”, critica o marido da modelo. “Se não havia um\n mínimo de equipamentos para reanimação, em caso de parada respiratória ou\n cardíaca, não deveria realizar a cirurgia”, acredita.\n \n Lipoaspiraçâo\n – Vendedora autônoma, a jovem teria trabalhado duro para juntar cerca de R$ 4\n mil e pagar parte da “cirurgia de seus sonhos”. Ainda dividiu R$ 2,5 mil em\n prestações. “Ela vendeu perfumes e roupas de cama, mesa e banho para juntar o\n dinheiro”, diz o marido, Giuliano Cabral, que registrou queixa na 5a. DP mas o\n inquérito foi transferido para a 11a. DP.\n \n Uma\n amiga da modelo viajou com Louanna Adrielle para se submeter , tambem no\n sábado, à cirurgia de implantes mamários, lipoaspiração e correção no nariz. No\n entanto, o processo foi adiado pelo médico para o domingo. Mas, com a morte da\n modelo, a garota desistiu.\n \n \n \n \n