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Geral
20/08/2013 09:00:00
Estudo da CNA e Senar busca o desenvolvimento da eucaliptocultura em MS
Diante do intenso crescimento industrial de Mato Grosso do Sul, algumas culturas do agronegócio, até então pouco exploradas, estão ganhando cada vez mais espaço.

Famasul/LD

Foto: Famasul
\n \n Diante\n do intenso crescimento industrial de Mato Grosso do Sul, algumas culturas do\n agronegócio, até então pouco exploradas, estão ganhando cada vez mais espaço.\n Uma dessas culturas é a de eucalipto que, segundo dados publicados no Anuário\n da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), nbsp;em\n 2011 havia 475 mil hectares em cultivo no Estado, o que coloca Mato Grosso do\n Sul em 4° lugar no ranking de produção do País. Diante desta realidade, a\n cultura se torna visada e necessita de respaldo e apoio técnico para o\n desenvolvimento do cultivo e permanência no mercado. \n \n Por\n este motivo, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em\n parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Universidade\n Federal de Viçosa (UFV), realiza o levantamento de custo de produção de\n diversas atividades agropecuárias, dentre elas estánbsp;a de eucalipto. Este\n levantamento será utilizado para compor o material didático a ser utilizado no\n projeto Campo Futuro, que levará informações agropecuárias e mercadológicas a\n produtores rurais, auxiliando na tomada de decisão para novos investimentos. \n \n O levantamento das informações é realizado através\n da metodologia denominada Painel, que consiste na definição da propriedade\n típica de produção em cada região de estudo, onde um grupo formado por técnicos\n e produtores se reúne para definir o modelo\n de sistema de produção, mediante debates e preenchimento de planilhas de\n custos.Nesta segunda-feira (19), o Painel foi realizado na Federação da\n Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul) e contou com as\n participações do professor do Departamento de Engenharia da Universidade\n Federal de Viçosa, Sebastião Valverde, do engenheiro Florestal, Marco Antônio\n Miranda, do técnico do Senar/MS, Clóvis Tolentino, além de instrutores dos\n cursos oferecidos pela instituição para a área, consultores autônomos e\n produtores rurais.\n \n \n \n Segundo Sebastião Valverde, a realização do Painel\n é importante porque proporciona ao produtor\n de eucalipto a base necessária para tomadas de decisões e investimentos.\n "O objetivo é facilitar a compreensão na gestão de risco do investimento,\n através de informações obtidas por meio da planificação dos projetos de\n reflorestamento. Estes precisam ser viáveis e apresentar alta\n produtividade", ressalta o professor.\n \n \n \n De\n acordo com estudo publicado no mês de julho pela revista Valor Econômico, Mato\n Grosso do Sul, em poucos anos, deve se aproximar dos maiores produtores\n nacionais, como Bahia e São Paulo. Na reportagem, o diretor-executivo da Abraf,\n Luiz Cornacchioni, cita Mato Grosso do Sul como destaque de crescimento já há\n alguns anos. Em 2012, a taxa de expansão chegou a 25%, para 597,1 mil hectares\n de plantio - considerando-se eucalipto e pinus, que respondia por menos de 10\n mil hectares. "Há plantio em 16 Estados, mas Mato Grosso do Sul é o que\n mais cresce", observou.\n \n Assistência técnica - O\n mais importante deste levantamento, é destacar a relevância da assistência\n técnica ao produtor, pois a viabilidade da atividade está relacionada a\n produtividade da planta. O engenheiro Florestal Marco Antônio Miranda avalia o\n apoio técnico como prioridade para uma boa gestão. "O produtor tem que ser\n assistido desde o início", diz. Para o Senar, este tipo de estudo é essencial,\n pois fornece parâmetros de referência econômica", avalia o técnico Clóvis\n Tolentino.\n \n \n \n Carlos Alberto Salgueiro é instrutor do Senar e\n produtor de eucalipto e demonstra o quanto o suporte técnico é\n imprescindível,nbsp; analisando um dos principais erros do produtor: a falta\n de cuidado com o plantio. "O eucalipto tem que deixar de ser visto como\n algo que se planta em terras marginais, nbsp;sem nenhum tipo de cuidado. Uma\n implantação errada representa a perda de um ciclo de cultivo, que no caso do\n eucalipto é sete anos. Ele deve ser visto como uma cultura e receber os\n cuidados essenciais, como o controle das formigas no mínimo seis meses antes do\n plantio, analise de solo e adubações adequadas, suplementações adicionais de\n cobertura, controle de pragas e doenças. Também é importante que a mão de obra\n que vai atuar na atividade receba capacitação, como os cursos oferecidos pelo\n Senar em todo o Mato Grosso do Sul ", detalha o instrutor.\n \n \n \n O Senar/MS realiza uma série de capacitações\n gratuitas voltadas ao segmento. Para conhecer as capacitações oferecidas pelo\n Senar/MS, acesse o www.senarms.org.br.\n \n \n \n \n