Geral
27/10/2013 11:12:00
Indígenas invadem mais uma fazenda, ateiam fogo em sede e agridem crianças em Japorã
O proprietário da Fazenda São José, Itamar Varago, informou ao Correio do Estado que um grupo de 30 índios chegou por volta das 9h30min e o expulsaram do local.
Correio do Estado/LD
O clima continua tenso em Japorã. Mais uma propriedade foi invadida por indígenas na manhã deste domingo (27). O proprietário da Fazenda São José, Itamar Varago, informou ao Correio do Estado que um grupo de 30 índios chegou por volta das 9h30min e o expulsaram do local. Além dele, estavam o irmão, um funcionário e dois menores, de 11 e 15 anos, que segundo Itamar foram agredidos com golpe de facão nas costas pelos indígenas. Eles estão armados com espingarda. Já atearam fogo na sede. Eles nos cercaram, falando que iam nos matar, mas conseguimos entrar na caminhonete e fugir, lamenta Itamar, informando que possui cerca de 600 cabeças de gado no local. Com a invasão desta manhã, já são 18 propriedades ocupadas. Eles [indígenas] já estão em todas as fazendas aqui da região, só estava faltando a minha, disse o proprietário da São José. Segundo Itamar, os índios estão ameaçando cortar as cercas das fazendas e deixar o gado sair para a estrada, se nenhum acordo for feito até amanhã (28). Conforme ele, as propriedades juntas somam aproximadamente 5 mil cabeças. O prejuízo estimado na fazenda de Itamar é de R$ 50 mil. Não consegui pegar nada. Todas as minhas coisas foram queimadas. Perdi tudo, desabafa o produtor. A onda de invasões começou na sexta-feira, quando foram invadidas doze áreas. No Estado inteiro, segundo a Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), seriam 85 propriedades ocupadas. Ação Inédita
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação na semana passada, requerendo o bloqueio de R$ 3,2 milhões da União para indenizar uma empresa da região de Japorã que hoje ocupa 9.494 hectares de área reconhecida como terra indígena.
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação na semana passada, requerendo o bloqueio de R$ 3,2 milhões da União para indenizar uma empresa da região de Japorã que hoje ocupa 9.494 hectares de área reconhecida como terra indígena.