Geral
26/09/2013 10:55:50
Brasil começa a testar em outubro a 1ª vacina contra quatro vírus da dengue
Após causar mais uma epidemia em Mato Grosso do Sul, com 100,2 mil casos e 31 mortes neste ano, a luta contra a dengue ganha uma esperança neste ano.
CGNews/LD
\n \n Após\n causar mais uma epidemia em Mato Grosso do Sul, com 100,2 mil casos e 31 mortes\n neste ano, a luta contra a dengue ganha uma esperança neste ano. O Instituto\n Butantan, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), inicia em outubro\n deste ano os testes em seres humanos de uma vacina contra a doença. De acordo\n com a Agência Brasil, a vacina está sendo desenvolvida para combater, em uma\n única dose, os quatro tipos da doença já identificados no mundo. Segundo\n Alexander Precioso, diretor de Ensaios Clínicos do Butantan, nenhum outro país\n tem uma vacina como essa.\n \n A\n vacina começou a ser desenvolvida em 2006, juntamente com os institutos\n nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Os vírus foram identificados no país\n norte-americano e, posteriormente, transferidos para o Butantan, em 2010.
\n A técnica utiliza o chamado vírus atenuado. Isso ignifica que o próprio vírus\n da dengue é modificado para que seja capaz de fazer com que as pessoas produzam\n anticorpos, mas sem desenvolver a doença, explicou Precioso.\n \n Os\n cientistas já testaram a vacina em mais de 600 norte-americanos. Os estudos lá\n mostraram que é uma vacina segura e que foi capaz de fazer com que as pessoas\n produzissem anticorpos contras os quatro vírus, disse ele. O pesquisador\n explicou ainda que, nesses voluntários, não foram observados efeitos colaterais\n importantes, apenas dor e vermelhidão no local da aplicação, sensação comum\n para vacinas.\n \n Porém,\n como os Estados Unidos não são uma região endêmica para a dengue, nenhum\n voluntário que recebeu a imunização havia contraído a doença antes. No Brasil,\n os testes vão envolver também pessoas.\n No início do desenvolvimento da vacina lá [nos Estados Unidos], algumas\n pessoas receberam vacina monovalente, só de um tipo, e depois outra dose de um\n vírus diferente, para ver se quem já tinha o passado de dengue correria risco,\n explicou.\n \n Em\n uma primeira etapa dos testes brasileiros, que começam nesta semana, serão\n recrutados 50 voluntários da capital paulista, todos adultos saudáveis e que\n nunca tiveram dengue, com idade entre 18 e 59 anos, de ambos os sexos. Eles vão\n ser imunizados em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.\n \n A\n próxima etapa vai incluir pessoas com histórico de dengue e a vacina será\n aplicada em dose única. Serão 250 voluntários da capital paulista e da cidade\n de Ribeirão Preto, no interior do estado.\n \n Nós\n trabalhamos com a hipótese de que ela [vacina] será trabalhada em uma dose, mas\n nos primeiros 50 voluntários serão duas doses, disse Precioso.Os resultados\n de lá [Estados Unidos] demonstraram que a vacina já atua apenas com uma dose.\n Como ela vai ser, pela primeira vez, utilizada em uma região endêmica de\n dengue, vamos avaliar os dois esquemas [uma ou duas doses] e os dois tipos de\n população [já tiveram ou nunca tiveram dengue], acrescentou.\n \n A\n terceira e última fase vai recrutar pessoas de diversas partes do país, de\n várias idades. Ela vai gerar o resultado de que nós precisamos para solicitar\n o registro na Anvisa e, a partir daí, a vacina estará disponível. A previsão\n dos pesquisadores é de que a vacina chegue à população em cinco anos.\n \n Mato Grosso do Sul O Estado\n enfrenta epidemias cíclicas da dengue desde os anos 90. A última foi a mais\n grave, com mais de 100 mil casos notificados, sendo 45 mil apenas em Campo\n Grande. Das 31 mortes registradas, 12 ocorreram na Capital.\n E segundo autoridades de saúde, Mato Grosso do Sul pode enfrentar nova epidemia\n no próximo verão. O risco é alto por causa do vírus tipo 4, para o qual a maior\n parte da população ainda não está imune.\n \n \n \n \n
\n A técnica utiliza o chamado vírus atenuado. Isso ignifica que o próprio vírus\n da dengue é modificado para que seja capaz de fazer com que as pessoas produzam\n anticorpos, mas sem desenvolver a doença, explicou Precioso.\n \n Os\n cientistas já testaram a vacina em mais de 600 norte-americanos. Os estudos lá\n mostraram que é uma vacina segura e que foi capaz de fazer com que as pessoas\n produzissem anticorpos contras os quatro vírus, disse ele. O pesquisador\n explicou ainda que, nesses voluntários, não foram observados efeitos colaterais\n importantes, apenas dor e vermelhidão no local da aplicação, sensação comum\n para vacinas.\n \n Porém,\n como os Estados Unidos não são uma região endêmica para a dengue, nenhum\n voluntário que recebeu a imunização havia contraído a doença antes. No Brasil,\n os testes vão envolver também pessoas.\n No início do desenvolvimento da vacina lá [nos Estados Unidos], algumas\n pessoas receberam vacina monovalente, só de um tipo, e depois outra dose de um\n vírus diferente, para ver se quem já tinha o passado de dengue correria risco,\n explicou.\n \n Em\n uma primeira etapa dos testes brasileiros, que começam nesta semana, serão\n recrutados 50 voluntários da capital paulista, todos adultos saudáveis e que\n nunca tiveram dengue, com idade entre 18 e 59 anos, de ambos os sexos. Eles vão\n ser imunizados em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.\n \n A\n próxima etapa vai incluir pessoas com histórico de dengue e a vacina será\n aplicada em dose única. Serão 250 voluntários da capital paulista e da cidade\n de Ribeirão Preto, no interior do estado.\n \n Nós\n trabalhamos com a hipótese de que ela [vacina] será trabalhada em uma dose, mas\n nos primeiros 50 voluntários serão duas doses, disse Precioso.Os resultados\n de lá [Estados Unidos] demonstraram que a vacina já atua apenas com uma dose.\n Como ela vai ser, pela primeira vez, utilizada em uma região endêmica de\n dengue, vamos avaliar os dois esquemas [uma ou duas doses] e os dois tipos de\n população [já tiveram ou nunca tiveram dengue], acrescentou.\n \n A\n terceira e última fase vai recrutar pessoas de diversas partes do país, de\n várias idades. Ela vai gerar o resultado de que nós precisamos para solicitar\n o registro na Anvisa e, a partir daí, a vacina estará disponível. A previsão\n dos pesquisadores é de que a vacina chegue à população em cinco anos.\n \n Mato Grosso do Sul O Estado\n enfrenta epidemias cíclicas da dengue desde os anos 90. A última foi a mais\n grave, com mais de 100 mil casos notificados, sendo 45 mil apenas em Campo\n Grande. Das 31 mortes registradas, 12 ocorreram na Capital.\n E segundo autoridades de saúde, Mato Grosso do Sul pode enfrentar nova epidemia\n no próximo verão. O risco é alto por causa do vírus tipo 4, para o qual a maior\n parte da população ainda não está imune.\n \n \n \n \n