\n \n A\n rede de hipermercados Carrefour foi condenada a pagar uma indenização de R$ 15\n mil para uma funcionária que era chamada de "sapatona" por colegas de\n trabalho. Segundo a decisão da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho\n (TST), a empresa deve ser responsabilizada por não ter tomado uma medida para\n coibir esta conduta. A decisão saiu na quarta-feira (10).\n \n O\n G1 entrou em contato com a\n assessoria de imprensa do Carrefour e aguarda uma resposta da empresa.\n \n Na\n ação, a funcionária disse que uma colega do setor de tesouraria começou a\n chama-la de “sapatona” pelo fato de ela ser solteira. Logo outros colegas\n passaram a se referir a ela da mesma maneira. A mulher diz que entrou em\n depressão e precisou ser afastada do trabalho por um ano. Segundo ela, ao\n retornar ao trabalho, os ataques continuaram, mas a empresa nada fez para\n acabar com essa situação.\n \n A\n Sétima Vara do Trabalho de Brasília (DF) condenou o Carrefour ao pagamento de\n R$ 50 mil a título de danos morais, pois concluiu que a doença adquirida teve\n origem no ambiente de trabalho. No entanto, o Carrefour recorreu alegando não\n haver provas do ato ilícito.\n \n O\n TST determinou então uma indenização de R$ 15 mil. O relator do recurso,\n ministro Hugo Scheuermann, concluiu que o valor fixado foi desproporcional e o\n reduziu para R$ 15 mil. Isso porque a trabalhadora não conseguiu demonstrar a\n ocorrência dos alegados atos de discriminação.\n \n "Não\n havia tratamento discriminatório sobre sua sexualidade, ocorriam apenas\n comentários velados neste sentido", explicou o ministro. Ele avaliou que o\n ambiente de trabalho proporcionado pelos colegas era hostil, circunstância em\n que a omissão da empresa em adotar medidas para coibir as adversidades\n justificou sua responsabilização.\n \n \n \n \n