Silverado de R$ 1 milhão e Hilux estão entre veículos apreendidos durante o cumprimento de mandados da Operação Collector

Parte da frota de 95 veículos apreendida com alvos da Operação Collector, desencadeada em agosto pela Polícia Federal, vai a leilão. Por determinação do juiz Felipe Bittencourt Potrich, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, 21 carros e motos, além de um jet ski, avaliados no total de R$ 746.500,00, serão vendidos no dia 10 de dezembro.

Dentre os automóveis disponíveis estão uma Toyota Hilux, um VW Golf, um Chevrolet Cruze, um Hyundai HB20 e um Jeep Compass. Há ainda uma motocicleta Yamaha XT1200Z Super Ténéré (2013/2014), cujo lance mínimo está fixado em R$ 10 mil, enquanto a moto está avaliada em R$ 20 mil, e um jet ski Sea-Doo GTR com reboque, avaliado em R$ 40 mil, mas que será leiloado por, no mínimo, metade do valor. A moto aquática tem 18 horas de uso, conforme registrado na decisão judicial.

O carro mais caro na lista do leilão é a Toyota Hilux SW4 SRX 4x4 Diesel (2020/2020), avaliada em R$ 250 mil, mas que poderá ser arrematada por ao menos R$ 125 mil. O veículo é considerado um SUV de alto padrão: tem 7 lugares com bancos de couro, motor 2.8 e câmbio automático, multimídia, assistentes eletrônicos de condução, faróis em LED, entre outros itens “de luxo”.

O leilão “antecipado” dos bens apreendidos, sem que haja condenação dos proprietários investigados, obedece ao previsto na Lei Antidrogas, que autoriza a venda de itens o quanto antes para evitar a deterioração e perda de valor econômico.

O leilão online será realizado no site www.mariafixerleiloes.com.br.

A ação

A Operação Collector, deflagrada em 16 de agosto pela Polícia Federal e pela Receita Federal contra o esquema de cobrança e lavagem de dinheiro da Máfia do Cigarro radicada na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, apreendeu 95 veículos, entre eles uma caminhonete GM Silverado prata avaliada em cerca de R$ 1 milhão.

Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 21 ordens de sequestro e suspensão de atividade de seis empresas em Naviraí, Caarapó, Itaquiraí e Mundo Novo. Houve mandado também em São Paulo (SP).

Os alvos integram organização criminosa especializada na lavagem de capitais oriundos do contrabando de cigarros e de outros crimes fronteiriços.