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Polícia
15/04/2014 09:00:00
Há 7 meses, delegacia está sem psicólogo para atender vítimas de violência
A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente) completa, neste mês de abril, dois anos em um novo endereço, localizado na região central de Campo Grande.

CGNews/LD

A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à\n Criança e o Adolescente) completa, neste mês de abril, dois anos em um novo\n endereço, localizado na região central de Campo Grande. A data seria apenas de\n comemorações, não fosse a falta de um profissional adequado para realizar o\n atendimento às vítimas de violência sexual, física e emocional. Há sete meses,\n a unidade está sem psicólogo e são os investigadores que acumulam esse “papel”.\n \n “As crianças vítimas de abuso muitas vezes ficam\n introspectivas e a psicóloga tem todo um jeito de conversar e nos ajudar a\n entender o que realmente estava acontecendo. No entanto, como a nossa psicóloga\n era cedida pela Acadepol (Academia de Polícia Civil), ela voltou a trabalhar lá\n e desde então não temos este profissional aqui”, diz ao CGNews um\n investigador da Depca.\n \n A reivindicação por este profissional, conforme o\n investigador, é antiga, antes mesmo da dissociação com o S.O.S. Criança.\n “Quando o trabalho era em conjunto, tínhamos assistentes sociais, psicólogos e\n até mesmo os profissionais do Conselho Tutelar que nos repassavam um relatório,\n entregue ao delegado que verificava se o caso era de polícia ou não.\n \n Para tentar “amenizar” a falta do psicólogo, a\n delegacia montou uma brinquedoteca e busca, dessa maneira, um atendimento mais\n “humanizado” com as dezenas de vítimas que passam diariamente pelo local. Já os\n pais ou responsáveis são ouvidos por investigadores e escrivães.\n \n Questionado sobre o assunto, o diretor geral da\n Polícia Civil, Jorge Razanauskas, disse que por enquanto “não tem como\n contratar este profissional”.\n \n “Tem a responsabilidade do Estado e da prefeitura\n nesta questão, mas não tem como contratar e nem terceirizar este serviço agora.\n Na verdade, estamos aguardando um projeto que prevê melhorias nessa área. A\n criança será ouvida por diversos profissionais, de uma só vez”, finaliza o\n diretor.