Polícia
07/05/2013 09:00:00
Jornalista de Ponta Porã morreu por briga política e 3 estão envolvidos
Rocaro foi morto na noite do dia 12 de fevereiro, quando seguia para casa dele após uma reunião política na residência de um amigo
CGNews/AB
\n \n O\n jornalista Paulo Rocaro, assassinado em março de 2012, em Ponta Porã, foi morto\n devido à briga política e três pessoas estão envolvidas no crime: o dirigente\n político Cláudio Rodrigues de Souza, conhecido como Meia Água, o sobrinho\n dele, Luciano Rodrigues de Souza e Hugo Stancatti Ferreira.\n \n Rocaro\n foi morto na noite do dia 12 de fevereiro, quando seguia para casa dele após\n uma reunião política na residência de um amigo. Três meses depois, de acordo\n com o delegado responsável pelas investigações, Odorico Ribeiro Mesquita, o\n homicídio já estava esclarecido, no entanto, quando pediu as prisões dos três\n envolvidos, o Poder Judiciário quis mais provas. Agora vamos refazer os\n pedidos, disse.\n \n Agora,\n 15 meses depois, o inquérito de 650 páginas foi concluído com mais elementos\n que apontam Cláudio como mandante, Hugo como a pessoa que disparou quatro tiros\n em Rocaro e Luciano como piloto da motocicleta que tinha o executor como\n passageiro.\n \n Segundo\n apurou a Polícia Civil, a briga começou nas eleições internas do PT, para\n escolha do nome do partido à disputa da Prefeitura de Ponta Porã. Enquanto o\n jornalista apoiava o ex-prefeito Vagner Piantoni, Cláudio queria a esposa dele,\n Sudelene Alves Machado.\n \n Em\n um de seus artigos, o comunicador comparou a colagem de fotos de criminosos com\n pedidos de recompensas, com a colagem de santinhos pedindo votos. E foi essa a\n gota d água para o assassinato. Foi o determinante para o Cláudio optar em\n ceifar a vida do Paulo, afirma o delegado.\n \n Câmeras\n de segurança, relatos de testemunhas, interceptações telefônicas e gravações\n feitas pelo próprio Cláudio o apontam como o mandante do crime. Entre as\n pessoas que prestaram depoimento estão algumas que viram vítima e autor\n discutindo em uma padaria.\n \n Nas\n gravações feitas por Cláudio, no posto de combustíveis que era dele em\n sociedade com outra pessoa, consta uma conversa dele com outra pessoa, onde ele\n diz que já havia alertado Paulo que ele poderia morrer devido ao que escrevia.\n \n Câmeras\n de circuitos internos registraram a moto usada pelos executores e também o\n momento em que Rocaro\n pede socorro em um comércio. Essas imagens foram essencial para a Polícia Civil\n chegar aos assassinos. Conforme a Polícia, a esposa de Cláudio, Sudelene, não\n tem envolvimento no crime.\n \n Rocaro\n foi atingido por quatro tiros de pistola 9 milímetros. Os\n projéteis transfixaram o tórax do jornalista, que morreu devido à hemorragia.\n \n Após\n o homicídio, Hugo, que já é foragido da Justiça brasileira por outro crime,\n fugiu para o Paraguai. Luciano chegou a morar na casa de Cláudio, mas, não foi\n mais localizado, assim como o próprio mandante, cujo advogado entrou em contato\n com a Polícia Civil.\n \n Cláudio\n já foi condenado, em São\n Paulo, por homicídio, a 17 anos e seis meses de prisão. No\n entanto, como a sentença está em grau de recurso, continua em liberdade.