Polícia
07/02/2014 11:32:27
Polícia conclui que filho de médico deu pisão e cadeirada em jovem
A investigação da agressão sofrida pela jovem Giovanna Nunes Tressi de Oliveira, de 18 anos, durou mais de 35 dias e, após vários trabalhos periciais e depoimentos, a Polícia Civil sugere que Matheus Georges Zadra Tannous deu uma cadeirada e um pisão no rosto da jovem.
CG News/AB
A \n investigação da agressão sofrida pela jovem Giovanna Nunes Tressi de \n Oliveira, de 18 anos, durou mais de 35 dias e, após vários trabalhos \n periciais e depoimentos, a Polícia Civil sugere que Matheus Georges \n Zadra Tannous deu uma cadeirada e um pisão no rosto da jovem.O\n inquérito foi encerrado nesta sexta-feira (7) e os resultados \n apresentados pelo corpo de peritos e pela delegada Marília de Brito \n Martins, adjunta da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à \n Mulher).Ao todo, 16 pessoas foram ouvidas, entre parentes de \n Giovanna, policiais que atenderam a ocorrência no dia 1º de janeiro e \n médicos que atenderam a jovem. Exames de corpo de delito, pesquisa de \n sangue, análise de conteúdo, transcrição fonográfica e reprodução \n simulada foram feitos pela perícia.Os exames que nortearam a \n conclusão do inquérito foram feitos no dia 29 de janeiro. Segundo a \n delegada, Matheus foi levado até o apartamento com objetivo de a polícia\n identificar o que causou as fraturas e ferimentos no rosto de Giovanna.Os\n peritos usaram um crânio humano e massa de modelar para simular a pele \n da jovem. Um dos ferimentos no rosto da jovem, identificado como \n estriado, foi causado pelo calcanhar de Matheus, que tem as mesmas \n dimensões do ferimento.Na testa de Giovanna, a perícia \n identificou três ferimentos triangulares e os exames apontaram que foram\n causados pelo pé de uma cadeira do apartamento. Com a mesma geometria \n dos ferimentos, o pé da cadeira estava com resquícios de sangue e a \n polícia também conseguiu concluir que o móvel foi mudado de lugar.O\n perito Domingos Sávio, que participou dos levantamentos, explica os \n motivos que levaram a perícia a essa conclusão. Reproduzimos as lesões \n do ferimento estriado de maneira semelhante e ainda não achamos nenhum \n objeto que possa ter causado essas fraturas. No calcanhar dele, ainda \n possui dimensões compatíveis com as lesões produzidas na jovem. E as \n lesões da testa têm a mesma geometria da cadeira, explica.Sobre a\n alegação da defesa de Matheus, de que a jovem teria caído no chão, a \n perícia também concluiu ser impossível porque a jovem precisaria ter \n sofrido lesões graves no nariz em razão da queda, mas lesões assim não \n foram identificadas.No total, 20 amostras de sangue foram \n recolhidas no apartamento e levadas para o Instituto de Criminalística e\n para o IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses).Apuração\n O trabalho da polícia ainda contou com o depoimento de enfermeiros, \n vizinhos do prédio, análises de fotos do pré e pós-operatório da jovem \n além de uma gravação da ligação feita pelo pai de Matheus ao Samu \n (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).Na gravação, é \n possível ouvir o pai de Matheus dando uma bronca no filho enquanto \n falava com o atendente no Samu. Você não pode beber, cara. Há dois anos\n você já teve um coma alcoólico por isso, disse o médico Michel Jorge \n ao filho.Com o fim do inquérito, Matheus, que segue preso, \n responderá por lesão corporal dolosa qualificada por violência \n doméstica. A pena para o crime vai de 1 a 5 anos de prisão, o tempo \n estipulado pela Justiça é acrescido de 1/3, procedimento quando ocorre \n violência doméstica.