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ImprimirUm total de 1.552 imigrantes foram resgatados nesta segunda-feira (10) em águas do Mediterrâneo quando tentavam chegar à Itália procedentes do litoral norte-africano, informou a guarda costeira italiana.
Segundo um comunicado, essas pessoas foram socorridas em sete operações diante do litoral da Líbia, de onde parte a maioria de imigrantes com o objetivo de chegar à Itália como porta de entrada para Europa.
Os resgatados viajavam a bordo de sete embarcações.
Em uma das operações foram socorridas 775 pessoas, entre elas 196 mulheres e 40 menores de idade.
A Marinha italiana divulgou imagens de algumas das operações, nas quais é possível ver barcos com centenas de imigrantes amontoados a bordo, que foram resgatados pelas equipes após as mesmas lançarem coletes salva-vidas. Nelas, também é possível ver que alguns dos resgatados são crianças.
Onda migratória A Itália registra a chegada de uma onda de imigrantes procedentes do norte da África, que veem o país como porta de entrada a outros países da Europa.
Mais de 220 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa através do mar Mediterrâneo desde o início do ano, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
No mesmo período, mais de 2.100 pessoas morreram ou desapareceram no mar.
Negócio milionário A travessia do Mediterrâneo é feita em botes ou em embarcações superlotadas, sem os mínimos requisitos de segurança, por traficantes de pessoas. A viagem pode custar mais de R$ 10 mil por pessoa, o que torna o negócio altamente lucrativo - uma única embarcação pode render US$ 1 milhão.
Sem garantia de sucesso no pedido de refúgio, muitos imigrantes não conseguem ficar no destino final e são mandados de volta ao país de origem. Mas dificilmente eles desistem e tentam duas, três, quatro vezes, até receberem o asilo oficial.
Menos pior A carga mais pesada de refugiados recai nos países do sul da Europa, em particular Grécia e Itália, que não são exemplo de economias em bom momento. No entanto, segundo relatos de viajantes, a situação ainda é muito melhor que na África.
A Líbia é atualmente um dos principais portos de saída da África, pela proximidade e pelos conflitos recentes. A União Europeia estuda ações com os países vizinhos para bloquear as rotas utilizadas pelos migrantes.