\n \n Os investimentos donbsp;Banco do Brasil para onbsp;Plano Safra\n biênio 2012/2013, devem injetar cerca de R$ 3 bilhões na expansão do\n agronégócionbsp;em Mato\n Grosso do Sul. A estimativa é do superintendente regional do\n BB, Marco Túlio Moraes. \n \n Em entrevista ao Midiamax, o superintendente fala sobre como os produtores podem solicitar\n os investimentos, linhas de crédito e faz um comparativo entre os investimentos\n liberados em relação ao ano anterior. O Banco do Brasil responde por 82% de\n todo o créditonbsp;autorizado pelo Governo Federal. \n \n O que é o Plano Safra? \n \n -O plano safra é um plano anual definido pelo Ministério da\n Agricultura, feito com o objetivo de assegurar aos produtores rurais as\n condições de financiamento necessárias para a expansão de suas atividades. \n \n Na prática como ele é realizado? \n \n -O plano define as diretrizes para atuação dos agentes\n financeiros, no caso os bancos, junto ao agronegócio, como liberação do crédito\n para custeio, comercialização e investimento e seguros rurais, bem como\n definição da política de apoio aos produtores rurais e suas cooperativas. \n \n Em dezembro, por exemplo, estávamos no meio da safra. Nesse\n período todos os produtores rurais de acordo com a atividade que exercem, seja\n agricultura, pecuária, e até mesmo piscicultura, de acordo com a época em que\n precisam plantar e preparar a terra, ou comprar gado, fazer engorda\n confinamento, procuram o banco e fazem cadastro, apresentam sua proposta e o\n projeto para conseguir os recursos que estão disponíveis. \n \n Existe um teto máximo de crédito que pode ser liberado? \n \n -Sim. O teto máximo varia de acordo com a linha de crédito. A soja\n tem um teto, o milho outro. O custeio pecuário, por exemplo, tem valor de 800\n mil para linhas de investimento. Contudo, não é só o teto, o banco leva em\n conta também a capacidade de pagamento do produtor. \n \n O dinheiro do Plano Safra é apenas para negócios que já\n existem? \n \n -Não. Os investimentos são pra começar e para expandir. São\n investimentos que vão melhorar a qualidade da produção seja ela pecuária ou\n agrícola. \n \n Até agora quanto já foi liberado? \n \n -Até dezembro já temos contabilizada a liberação de 26% a mais do\n investimento liberado no semestre anterior, o que dá mais ou menos R$ 1,5\n bilhão. Os números são expressivos e estamos bastante otimistas com a superação\n dos índices do ano passado. \n \n Entendemos que se permanecer assim, nosso valor investido vai ser\n significativamente maior que o da safra anterior. \n \n Esse aumento é devido a novos produtores ou aumento de\n concessão de crédito? \n \n -Houve mais concessões de crédito, com certeza. Em se tratando de\n produtor rural, praticamente todos são clientes do BB. Alguns novos entram, mas\n o número é inexpressivo. \n \n O ‘bolo’ maior vem dos produtores que estão renovando a linha de\n crédito que já tinham, desde a plantação, colheita e venda. Em todas as etapas\n como plantio, manutenção da lavoura, colheita e comercialização, nós temos\n linhas de crédito atendendo esse produtor a todo instante. Então, quando ele\n liquida uma operação financeira, já está arando a terra para plantar novamente\n e está de novo conosco. \n \n Qual a participação do Banco do Brasil em relação ao\n crédito rural? \n \n -De todas as instituições que operam com crédito rural em Mato Grosso do Sul, o\n BB responde por 82% do todo o crédito concedido ao produtor. Assim, sobram 18%\n para todas as demais instituições ratearem entre si. Por isso o BB é\n considerado o banco do produtor. \n \n Quais são as linhas de crédito mais procuradas em janeiro?\n \n \n -A partir de janeiro, os pedidos giram mais em torno da área de\n investimentos e custeio. O produtor agrícola, por exemplo, vai começar a\n colheita em fevereiro e depois já começa a plantar o milho safrinha. Só em maio\n ele começa a plantar o que vai colher no outro ano, em fevereiro. \n \n Como os produtores podem ter acesso a esse crédito? \n \n -O produtor que tiver interesse no financiamento precisa fazer\n cadastro no BB. O banco vai estabelecer um limite de crédito, de acordo dom com\n a capacidade de pagamento dele. É preciso que o produtor traga um projeto para\n o banco analisar, seja para custeio ou investimento. \n \n O empréstimo é somente para os produtores que possuem\n terras? \n \n -Não é preciso ter posse. Financiamos muito para pessoas que não\n têm terra em seu nome. Arrendatários conseguem financiamento por meio de uma\n carta de anuência e ou contrato de arrendamento. O BB financia pra ele até o\n limite que ele vai produzir na área, mas tudo isso tem que estar no projeto. \n \n Esse projeto é o próprio produtor que faz? \n \n -Geralmente ele é feito por empresas que produtor escolhe. Mas é\n extremamente simples. \n \n Quanto tempo leva em média a aprovação do crédito? \n \n -A aprovação é rápida. No custeio pecuário dois dias ou no mesmo\n dia. No agrícola demora de três a quatro dias, mas é rápido. O procedimento que\n demora mais é o investimento, porque precisa fazer uma analise mais sucinta do\n valor investido, precisa de analise mais profunda. Então esse demora 15 dias ou\n um pouco mais dependendo do tamanho do projeto. \n \n O investimento de floresta, por exemplo, é uns do que demoram um\n pouco mais, porque uma equipe do banco vai até o local fazer avaliação. \n \n Qual a estimativa do BB de investimento para essa safra? \n \n -Nosso crédito está investido em várias linhas, que são para toda\n e qualquer necessidade do produtor rural, como plantio, aquisição de animais,\n construção, compra de máquinas, expansão na atividade e empresa de agronegócio\n , industrias de beneficiamento, todas demandadoras de crédito, tanto para\n pessoas físicas quanto jurídicas. \n \n Então,\n nossa convicção é que devemos fechar em junho de 2013 com investimentos na casa\n dos R$ 2,8 bilhões a R$3 bilhões em Mato Grosso do Sul. \n \n \n \n \n