Os prefeitos do norte, região mais pobre de Mato Grosso do Sul, estão com dificuldades para dar reajuste salarial ao funcionalismo. Em Coxim as negociações não avançam e os funcionários devem passar 2014 sem reajuste, justamente devido às dificuldades financeiras que o município atravessa. Já o prefeito de Rio Verde, Mário Kruger (PT), aguarda orientação da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) para definir o reajuste, mas já adianta que o município também encontra dificuldades financeiras. Em Alcinópolis o impacto ainda é estudado pela administração, que tem simulado diversos índices. Na pequena Pedro Gomes a situação não é diferente. Segundo o prefeito Vanderley Mota, para que o magistério atingisse o piso nacional ele teve de dar 8,32% em janeiro e neste mês deve dar 5,91% para o administrativo. O projeto já foi encaminhado para a câmara e deve ser votado nesta segunda-feira (14). Vanderley explicou que os prefeitos estão se desdobrando para conseguir manter piso, mas não conseguem recuperar as perdas, independente da categoria. “Em Pedro Gomes as perdas totalizam 32%, nós não temos a mínima condição de recompensar”, adiantou o prefeito. Em Sonora os vereadores já aprovaram o reajuste de 3%, na semana passada, tanto para o administrativo como para o magistério. Com esse índice, a prefeitura mantém o Piso Nacional, atendendo a lei 11.738/2008. O prefeito Yuri Valeis (PR) disse que gostaria de dar um reajuste maior, mas o município vive um momento delicado. Na sexta-feira (11), os municípios aderiram ao movimento “Viva o Seu Município”, que está sendo organizado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), com apoio da Assomasul.