Quinta-Feira, 28 de Março de 2024
Polícia
15/04/2014 09:00:00
Empresário foi enterrado vivo, diz polícia; penas podem somar 50 anos
A conclusão é da Polícia, que indiciou a quadrilha acusada do latrocínio por sete crimes, que podem resultar em condenação de aproximadamente 50 anos de prisão.

CGNews/PCS

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Criminosos vão continuar presos após prisão preventiva ser decretada pela Justiça (Foto: Cleber Gellio)
O empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, foi enterrado vivo em\n uma fossa de 4,5 metros de profundidade no bairro São Jorge da Lagoa, na saída\n para Sidrolândia, na Capital.
A conclusão é da Polícia, que indiciou a\n quadrilha acusada do latrocínio por sete crimes, que podem resultar em\n condenação de aproximadamente 50 anos de prisão.\n \n A conclusão do inquérito policial foi apresentada, na tarde desta\n terça-feira (15), pela delegada Maria de Lourdes Cano, titular da Defurv\n (Delegacia de Furto e Roubo de Veículos). Quatro adultos e uma adolescente de\n 17 anos foram indiciados pela morte de Erlon, ocorrida no dia 1º de abril deste\n ano.\n \n Conforme a delegada, Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, marcou o encontro com\n Erlon na rotatória da Avenida Interlagos com a Avenida Gury Marques, no Bairro\n Doutor Albuquerque, na saída para São Paulo. Em seguida, ele convenceu o\n empresário a levar o carro até a casa onde ocorreu a emboscada, no bairro São\n Jorge da Lagoa.\n \n No imóvel, Erlon se encontrou com Rafael Diogo, o Tartaruga, 24, e a\n adolescente de 17 anos. Ele ficou sentado em uma cadeira amarela, com Rafael do\n lado direito e a menina no esquerdo. Thiago fez a suposta negociação para\n comprar o Golf por R$ 38 mil em pé. Em seguida, ele entrou dentro da casa e\n pegou o revólver.\n \n Ele fez o disparo de surpresa, com Erlon sentado, e o atingiu com o tiro\n pela nuca, com a bala saindo no olho direito. O empresário inclinou e caiu no\n chão. Conforme a investigação policial, ele foi arrastado por Rafael e Thiago\n até a fossa de 4,5 metros. Quando foi jogado dentro do buraco, o empresário\n ainda estava vivo e agonizava, conforme depoimento dos acusados pelo crime.\n \n Em seguida, eles jogaram entulho, terra, restos de vegetação, peças de roupa\n de cama e mesa e um puff amarelo para cobrir o corpo e impedir que ele subisse\n à superfície em caso de chuva. A fossa não tava com a tampa lacrada.\n \n A arma usada no crime foi emprestada por amigo de Thiago, Jefferson dos\n Santos Souza, que foi indiciado pelo crime de posse irregular de arma de fogo e\n formação de quadrilha.\n \n O funileiro Ataíde Pereira dos Santos, que pintou o carro roubado de branco,\n foi indiciado pelo crime de receptação. Ele chegou a ser preso, mas foi\n liberado após pagar fiança de R$ 2.896. Em depoimento à Polícia, ele negou que\n soubesse do crime.\n \n Thiago, Rafael e a adolescente foram indiciados pelos crimes de roubo\n qualificado com violência que resultou em morte, concurso de pessoas, restrição\n da liberdade da vítima, associação criminosa e ocultação de cadáver. Os dois\n ainda vão responder por corrupção de menores.\n \n Maria de Lourdes estima que a pena dos dois adultos pode superar 50 anos de\n reclusão em regime fechado.
\n A menina de 17 anos pode ser condenado até a três anos de internação na Unei\n (Unidade Educacional de Internação), pena máxima prevista no Eca (Estatuto da\n Criança e do Adolescente).\n \n Com a conclusão do inquérito, a Polícia encaminha o caso para o Ministério\n Público Estadual, que pode denunciá-los à Justiça ou solicitar a complementação\n da investigação. Como o crime é latrocínio, eles podem ser condenados sem\n passar por júri popular.\n \n \n
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