Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
Cidades
16/04/2014 09:00:00
Após declarações de André, médico legista pede demissão do cargo no interior
O médico Omar Ferreira Miguel entregou nesta quarta-feira carta de demissão do cargo de médico legista de Nova Andradina.

Midiamax/PCS

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O\n médico Omar Ferreira Miguel entregou nesta quarta-feira carta de \n demissão do cargo de médico legista de Nova Andradina. A decisão vem \n depois de ele ter sido chamado de “servidor vagabundo” pelo governador \n de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, durante uma entrevista na \n segunda-feira (14).\n \n Nesta tarde, Omar reafirmou que vai acionar a Justiça. “Tive meu nome e minha reputação escrachados no estado inteiro”, diz ele.\n \n Ao Midiamax, Omar disse que estava de folga no sábado (12), dia que um \n acidente resultou na morte da jovem Taynara Pereira, 15 anos. Na falta \n de legista em Nova Andradina, o corpo foi enviado a Dourados e liberado \n cerca de 22 horas depois, causando indignação por parte de familiares.\n \n A folga, lembra Omar, foi informada aos superiores. Naquele dia, ele comemorava o aniversário da filha, de 1 ano.\n \n “Meu pai me ensinou que homem tem que ter vergonha na cara, tem que ter \n atitude de homem”, diz o médico ao confirmar seu pedido de demissão. Ele\n diz que nunca reclamou por trabalhar além do tempo previsto, bem como \n com a falta de estrutura do IML (Instituto Médico Legal) de Nova \n Andradina.\n \n Revoltado, ele não pouca críticas à atitude. “Ele não sabe quem eu sou, \n nem do meu trabalho”, diz o paulista de São Carlos, ortopedista \n especializado em quadris, casado, pai de uma menina de 1 ano, contando \n que chegou a Mato Grosso do Sul com o ideal de trabalhar na atividade \n forense da Polícia Civil.\n \n Omar tomou posse no dia 6 de dezembro de 2012. De lá para cá, como ele \n mesmo ressalta, fez 700 laudos. “Faço em computador próprio, só uso a \n impressora lá”, lembra ele.\n \n Na segunda-feira, Puccinelli participava de solenidade em uma escola \n quando familiares da adolescente, durante o cortejo fúnebre dela, \n passaram em frente ao local promovendo um buzinaço e reclamando da \n demora do IML. Questionado sobre o assunto, o governador disparou: “não \n tem nada de manifesto. É um vagabundo de um servidor que não estava em \n seu local de trabalho e já determinei ao policial Jefferson (delegado) \n que faça a advertência.”Pouco depois, em Campo Grande, Puccinelli\n retificou a declaração, dizendo que não havia se referido diretamente \n ao médico. "Se ele (servidor) não estava em seu local de trabalho sem \n uma justificativa, ele seria um vagabundo”, explicou André.
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