Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
Esportes
19/04/2014 07:09:56
Portuguesa deixa gramado, e jogo contra o Joinville é interrompido
Presidente do clube paulista atende a determinação judicial e manda time sair com 16 minutos. CBF contesta ato apresentado ao delegado da partida

Terra/PCS

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Delegado da partida com a liminar que interrompe o jog (Foto: Karen Couto)
A estreia\n da Portuguesa na Série B do Campeonato Brasileiro, contra o Joinville, foi\n paralisada por ordem judicial. Durante o primeiro tempo, com respaldo de uma\n liminar obtida por um torcedor na 3ª Vara Cível do Foro Regional da Penha, o\n delegado responsável pelo jogo interrompeu o jogo aos 16 minutos.nbsp;\n \n Na última\n quinta-feira, essa decisão, uma tutela antecipada, determinou que fossem\n devolvidos os quatro pontos perdidos pela Lusa na Série A do ano passado pela\n escalação irregular do meia Héverton, na última rodada, contra o Grêmio. Isso\n livraria a equipe do rebaixamento que foi determinado em julgamento no STJD, em\n dezembro.\n \n Durante o\n primeiro tempo, o filho do presidente da Portuguesa, Ilídio Lico, levou a\n liminar às mãos do delegado da partida, Laudir Zermiani. Minutos depois, ele\n interrompeu a partida. O técnico da equipe paulista, Argel Fucks, recebeu a\n notícia e, sem hesitar ou se surpreender, tirou imediatamente o time de campo. \n \n - Por que\n começou o jogo, então? - perguntou um atleta do Joinville, ao saber que a\n liminar não havia sido cassada, para em seguida ouvir um pedido de calma de\n Argel.\n \n Os\n jogadores da Lusa foram para o vestiário, o que revoltou os torcedores na\n arquibancada. Eles gritaram “vergonha!” e mostraram notas de dinheiro, cobrando\n pelo valor dos ingressos.\n \n - Sou\n funcionário da Portuguesa. É uma decisão do presidente, do departamento de\n futebol, tenho que acatar - disse Argel.\n \n Ao\n GloboEsporte.com, na última quinta, Ilídio Lico havia declarado que a equipe\n entraria em campo, mesmo com a liminar, caso a CBF não respondesse o pedido de\n adiamento do jogo. Disse que tinha respeito pelo público e pelo futebol. Porém,\n assim que a partida teve início, Lico foi notificado de que estava descumprindo\n uma ordem judicial e poderia responder criminalmente por isso. Imediatamente,\n entrou em contato com o filho, Marcos Lico, e pediu que o time saísse de campo.\n \n Logo\n depois, o presidente do Joinville, Nereu Martinelli, afirmou que recebeu por\n meio do vice-presidente da CBF na região Sul, o catarinense Fábio Nogueira, o\n aviso de que a única pessoa capacitada para receber essa notificação seria o\n presidente da CBF, José Maria Marin.\n \n Martinelli\n procurou o delegado da partida, que foi ao vestiário da Portuguesa e deu alguns\n minutos para que o time paulista voltasse a campo. No entanto, prevaleceu a\n ordem vinda de São Paulo para que não houvesse jogo.\n \n Quando o\n trio de arbitragem deixou o gramado, sob proteção policial, os torcedores\n também começaram a ir embora.\n \n -\n Conversamos antes da partida com os diretores da Portuguesa, falamos para eles\n discutirem só na terça-feira a legitimidade da liminar. Até porque a Portuguesa\n é simpática, tem essa diretoria nova. Outras liminares já foram cassadas, e\n essa vai ser com certeza. Quem vai ser prejudicada é a Portuguesa - alertou o\n presidente do Joinville.\n \n O árbitro\n da partida Marcos André Gomes da Penha (ES) disse que entregará a súmula da\n partida em branco para que a CBF resolva o que fazer. A entidade divulgou uma\n nota na noite desta sexta que diz que o ato apresentado ao delegado do jogo não\n tem eficácia jurídica e que a Portuguesa responderá por abandono no STJD.\n \n A\n princípio, a rodada da Série A neste fim de semana não corre risco, já que uma\n liminar obtida na 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio, garante à CBF o\n direito de realizar os Brasileiros de primeira e segunda divisões de acordo com\n as tabelas já publicadas.\n \n Vice\n jurídico pede demissão\n \n A decisão\n do presidente Ilídio Lico de mandar o time da Portuguesa a campo causou o\n pedido de demissão do vice jurídico do clube, Orlando Cordeiro de Barros. Ele\n havia alertado que isso seria um descumprimento de uma ordem judicial.
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\n - Há uma liminar da Justiça. Isso tem efeito de lei e tínhamos de cumpri-la. Se\n não fosse favorável a nós, eu também defenderia seu cumprimento. É uma questão\n de postura. A minha era irredutível e, como o presidente decidiu ir ao\n contrário, estou saindo do cargo - disse o vice em entrevista à “Folha de S.\n Paulo”.\n \n nbsp;
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