Terça-Feira, 16 de Abril de 2024
Polícia
23/04/2014 09:31:00
Crianças relataram várias formas de torturas praticadas pela mãe, revela delegada de Coxim
O resultado não poderia ser diferente, S.I.L., de 33 anos, acusada de agredir os cinco filhos, ficou presa e vai responder por tortura, conforme a delegada titular do 1º Distrito Policial de Coxim, Silvia Elaine Girardi dos Santos (foto).

Sheila Forato

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Delegada Silvia assumiu o caso logo após a prisão da mãe (Foto: PC de Souza/Arquivo)
O resultado não poderia ser diferente, S.I.L., de 33 anos, acusada de agredir os cinco filhos, ficou presa e vai responder por tortura, conforme a delegada titular do 1º Distrito Policial de Coxim, Silvia Elaine Girardi dos Santos (foto). Encaminhada ao Estabelecimento Penal Feminino de São Gabriel do Oeste, ela pode pegar de dois a oito anos de prisão. Os cinco filhos, inclusive um que é portador de necessidades especiais, estão aos cuidados da avó materna, mas também recebem acompanhamento do Conselho Tutelar. S.I.L. foi presa em flagrante nesta terça-feira (22), pouco tempo depois de ter agredido o filho de 11 anos. Com uma tampa de panela, a mãe atingiu a nuca do menino, causando um corte na cabeça. Uma equipe da DAM (Delegacia de Atendimento a Mulher) fazia diligências no Jardim do Pequi quando se deparou com a situação. Policiais da DAM flagram agressão de mãe contra filho no Jardim do Pequi, em Coxim Ao receber a notícia de que ficaria presa, S.I.L. agradeceu de ser tirada “daquele inferno”. Ela se referia a convivência com os cinco filhos que ela torturava há anos, de acordo com as lesões identificadas pela perícia. Segundo a delegada, as crianças também passaram por psicólogos, que constataram a tortura mental, comprometendo o desenvolvimento dos mesmos. “As crianças relataram todos os tipos de torturas, física e mental, além de ameaças veladas de morte”, revelou a delegada. Os filhos contaram que a mãe surrava de várias formas, desferia socos e pontapés, mordia, furava com garfo e queimava com cigarro, assim como também dava castigos extremos, como o de passar a noite ajoelhado. Profissional do sexo e ex-usuária de drogas, S.I.L. disse a reportagem do Edição de Notícias que não tinha condições de criar os filhos, alegando que não tinha ajuda de terceiros, como os pais das crianças. Neste caso, o estado interviu antes que o pior acontecesse, como no Rio Grande do Sul, que culminou na norte do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos.
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