Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024
Geral
23/07/2014 09:00:00
Pela segunda vez, Sabesp contrata empresa para fazer chover no Alto Tietê
Cinco meses após ter iniciado o "bombardeio" de nuvens para tentar fazer chover no Sistema Cantareira, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai repetir a estratégia no Alto Tietê, que também passa por grave crise de estiagem.

Uol/LD

Imprimir
Cinco meses após ter iniciado o "bombardeio" de nuvens\n para tentar fazer chover no Sistema Cantareira, a Companhia de Saneamento\n Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai repetir a estratégia no Alto Tietê,\n que também passa por grave crise de estiagem. \n \n A concessionária assinou um novo contrato com a empresa Modclima,\n no valor de R$ 3,68 milhões, para induzir chuvas artificiais sobre as represas\n do segundo maior manancial da Grande São Paulo, que estava ontem com apenas\n 22,2% da capacidade. \n \n A tecnologia consiste na aceleração da precipitação de chuvas com\n o despejo de gotículas de água potável feito por um avião na base das nuvens,\n um processo conhecido como semeadura ou bombardeio. Conforme o Estado revelou\n em fevereiro, a prática tem sido adotada há cinco meses no Cantareira e,\n segundo a Sabesp, provocou a queda de cerca de 11,5 bilhões de litros nos\n reservatórios, o que representa 1,2% de todo o volume do sistema. \n \n Para a concessionária, "esse resultado já justifica a\n contratação do serviço" para o Sistema Alto Tietê, mas não impediu o\n esgotamento do Cantareira. No início dos bombardeios de nuvens, que devem\n custar R$ 4,48 milhões por dois anos, o principal manancial paulista estava com\n cerca de 20% da capacidade de seu volume útil. Em cinco meses de sobrevoos,\n apenas em março a pluviometria acumulada no mês ficou acima da média histórica.\n \n \n Resultado: no dia 10 deste mês, o sistema se esgotou e só\n continuou operando com a retirada de água do volume morto, reserva abaixo do\n nível das comportas. \n \n Segundo a Sabesp, o sobrevoo depende das condições climáticas e da\n formação das nuvens. "Há um monitoramento constante e diário e\n acompanhamento por radares para identificar potenciais nuvens com capacidade de\n provocar chuvas exatamente na área das represas", informou a companhia. \n \n O contrato de chuva artificial para o Alto Tietê também tem prazo\n de dois anos e começou a ser executado neste mês, depois que o Estado revelou\n que o sistema que abastece cerca de 4 milhões de pessoas na Grande São Paulo\n também apresentava baixo índice pluviométrico, queda no nível das represas e\n alto risco de esgotamento neste ano. \n \n Após negar a crise, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou\n nesta semana que também vai utilizar 25 bilhões de litros do volume morto do\n Alto Tietê, o que deve garantir menos de um mês de sobrevida ao manancial.
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias