Quem\n depende da BR-163 para se locomover e trabalhar pode até questionar a \n cobrança do pedágio, mas mostra otimismo com o que está por vir. Nos \n próximos anos, uma das principais rodovias de Mato Grosso do Sul deverá \n ser duplicada, além de abrigar uma infraestrutura completa de \n atendimento ao usuário e segurança.\n “Não queria pagar pedágio, mas sou favorável ao que vão fazer”, \n comenta Fernando Rocha. Ele é frentista em um posto de combustíveis, à \n margem da rodovia, na região de Dourados, a 240 quilômetros de Campo \n Grande.\n Rocha usa a BR-163 quatro vezes por dia, além de depender do \n trânsito no trecho para trabalhar. “Hoje, dou nota quatro para ela, mas \n espero que fique nota 10”, avalia o frentista.\n Para o empresário e fazendeiro Eduardo Mayer, 59 anos, “o pedágio\n é irrelevante, porque os benefícios serão muito maiores”. Usuário da \n BR-163 a 30 anos na região de Dourados, ele lembra já ter visto muitos \n acidentes com morte na rodovia, cenário que espera, com a concessão, \n deixar no passado.\n Na avaliação de Mayer, “90% da rodovia está ruim atualmente”. Os \n benefícios, além de segurança no trânsito, serão também para a economia,\n na escoação da produção e até com menor consumo de combustíveis.\n A CCRMS Vias, concessionária da rodovia, anunciou nesta \n quinta-feira (24) detalhes do projeto. Ao longo de quatro anos, serão \n duplicados 806 quilômetros entre Pedro Gomes e Mundo Novo, com um \n investimento total previsto, em 30 anos, de R$ 5,5 bilhões, incluindo \n central de monitoramento por vídeo, postos de atendimento ao usuário, \n ambulâncias e guinchos.\n Serão nove praças de pedágio ao longo do trecho. O preço, por eixo, será de R$ 4,38, segundo informações da concessionária.\n