Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
Economia
27/07/2014 10:54:51
Saiba os riscos de novo calote da Argentina
Doze anos depois do “megacalote” de 2001, a Argentina dá mostras de caminhar para uma nova moratória, ainda que involuntária. Só um acordo com credores ou decisão judicial poderiam afastá-la do risco.

G1/AB

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\n \n \n \t Doze anos depois do “megacalote” de 2001, a Argentina dá mostras de \n caminhar para uma nova moratória, ainda que involuntária. Só um acordo \n com credores ou decisão judicial poderiam afastá-la do risco. Mas, \n faltando três dias para o fim do prazo, não há sinais de que isso esteja\n perto de acontecer. Voltar ao grupo dos inadimplentes pode ter \n consequências sérias para o país – e gerar efeitos no Brasil, o seu \n principal parceiro comercial.nbsp;O impasse é resultado daquele calote no \n fim de 2001. Depois de dizer que não tinha como pagar ninguém, a \n Argentina decidiu reestruturar seus débitos: ofereceu pagar, em parcelas\n de até 30 anos, menos do que os títulos da dívida valiam. A maioria dos\n prejudicados aceitou as condições, e é uma das parcelas para este grupo\n que vence em 30 de julho. A Argentina fez o depósito, mas os recursos \n foram bloqueados pela Justiça americana.\n \n \t Para destravá-los, o país teria de cumprir uma decisão judicial que \n ordenou o pagamento de US$ 1,33 bilhão mais juros a fundos especulativos\n liderados por NML e Aurelius. Eles têm em mãos papéis da dívida de uma \n minoria que não quis renegociar as dívidas e foram à Justiça exigir o \n pagamento integral. Com a nova conta, a Argentina disse que não teria \n dinheiro para todos. Mas, para o juiz americano Thomas Griesa, ela não \n pode privilegiar credores.\n \n \t O problema está mais relacionado a questões jurídicas complexas do que,\n necessariamente, à falta de dinheiro. A situação é tão controversa que \n chegou ao ponto de o governo argentino alegar que queria pagar, mas não o\n deixavam, ao mesmo tempo em que foi acusado pelos fundos de se recusar a\n negociar. O temor da presidente Cristina Kirchner é o risco de a dívida\n subir em mais de US$ 120 bilhões. O governo demonstra estar convencido \n de que qualquer novo acordo com credores ameaça todo o processo de \n reestruturação da dívida feita lá atrás, porque poderia provocar uma \n enxurrada de processos de credores exigindo o mesmo tratamento (receber \n todo o valor do título).\n \n \t Na terça-feira (22), o juiz Thomas Griesa voltou a rejeitar o pedido da\n Argentina para suspender a decisão sobre o pagamento ao NML e outros \n fundos, de forma a permitir o desbloqueio da parcela da dívida aos \n antigos credores. "Espero que as partes trabalhem de maneira contínua. \n Não há muito tempo. O mais importante é evitar uma moratória. Acredito \n que pode haver uma solução", afirmou o magistrado, que continua \n defendendo uma negociação entre governo e fundos.\n \n
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