A greve de servidores da educação\n municipal em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, continua nesta manhã,\n após liminar judicial que determina a manutenção de 80% do efetivo nas escolas,\n concedida ontem (28). O Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em\n Educação) decidirá, em assembleia nesta manhã, se continuará com a paralisação,\n que já se estende por duas semanas e tem adesão de 90% dos funcionários.\n \n A decisão judicial atende pedido da Prefeitura de Dourados e determina multa\n de R$ 25 mil em caso de descumprimento da medida. O presidente do sindicato,\n João Vanderley Azevedo, informou ontem que já tinha conhecimento da decisão, mas\n resolveria o assunto junto aos servidores na assembleia.\n \n A categoria reivindica a adoção do piso nacional da classe e inserção do\n pessoal de administrativo no plano de carreira, mas a Secretaria de Educação concedeu apenas o aumento\n salarial de 8,32% ao magistério e 6,15% aos servidores administrativos, em lei\n aprovada pela Câmara Municipal na semana passada.\n \n A secretária de Educação de\n Dourados, Mariniza Mizoguchi, afirma que a implementação do piso nacional\n significa dobrar o salário e o município não tem condições de fazer isso no\n momento. De acordo com Mariniza, o município gasta R$ 11 milhões com salários\n dos servidores, dois quais R$ 7 milhões são recursos federais e R$ 3 milhões\n são dos cofres da prefeitura. Segundo a secretaria, a greve é uma manobra\n política do Simted, que está em processo de eleição de direção.