Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024
Economia
29/07/2014 09:00:00
Em junho, juro bancário de pessoa física é o maior em mais de 3 anos
A taxa média de juros cobrada das famílias pelos bancos subiu pelo sexto mês seguido em junho, para 43% ao ano.

G1/LD

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A taxa média de juros cobrada das famílias pelos bancos subiu pelo sexto mês\n seguido em junho, para 43% ao ano. E atingiu o maior patamar desde que o Banco\n Central começou a divulgar esses dados, em março de 2011. A alta aconteceu\n mesmo depois que o BC parou de subir os juros básicos da economia, o que levou\n as instituições financeiras a pagarem juros menores para captar recursos no\n mercado.\n \n Entre abril do ano passado e maio deste ano, o BC subiu os juros básicos da\n economia (a Selic) de 7,25% para 11% ano, um aumento de 3,75 pontos\n percentuais. Nesse período, a taxa de captação dos bancos, nas operações com\n pessoas físicas, subiu um pouco menos: 3 pontos percentuais, para 12% ao ano em\n maio de 2014. Essa taxa é o quanto as instituições pagam pelos recursos no\n mercado.\n \n Já os juros cobrados pelos bancos de seus clientes subiram bem mais: entre\n abril de 2013 e maio deste ano, avançaram 8,1 pontos percentuais, para 42,5% ao\n ano em maio. A taxa se refere aos recursos livres para pessoas físicas,\n excluindo o crédito rural, habitacional e operações do Banco Nacional do\n Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).\n \n Em junho, os juros bancários de pessoas físicas avançaram novamente, ao\n mesmo tempo em que houve queda da inadimplência nas operações com pessoas\n físicas e também da taxa de captação para 11,7% ao ano nas operações com\n pessoas físicas. Isso significa que, mesmo com menor risco e menor custo para\n as instituições oferecerem crédito, os juros não ficaram mais baixos.\n \n “Spread bancário”
\n O aumento dos juros bancários com intensidade maior que a alta da taxa básica,\n e não repasse do corte da taxa de captação em junho, gerou o aumento do chamado\n spread bancário, a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que\n cobram dos clientes.\n \n O spread é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por\n custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco\n Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.\n \n Em abril do ano passado, antes do início do processo de alta dos juros\n básicos da economia, o spread bancário nas operações com pessoas físicas estava\n em 25,4 pontos percentuais. Em junho deste ano, já estava em 31,3 pontos\n percentuais – o maior valor da série histórica do BC, que começa em março de\n 2011.\n \n Taxa média de empresas e geral
\n No caso das operações dos bancos com as empresas, ainda com base nos chamados\n recursos livres, a taxa média caiu de 22,9% ao ano em maio para 22,6% ao ano em\n junho – o menor patamar desde dezembro do ano passado (21,4% ao ano).\n \n Já a taxa média geral de todas as operações com recursos livres (pessoas\n físicas e empresas) ficou estável em 32% ao ano em junho. Com isso, os juros\n estão no maior patamar desde fevereiro de 2012 (32,5% ao ano). No acumulado de\n 2014, a taxa média de juros bancários avançou três pontos percentuais.
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